O treinador do F. C. Porto fez a antevisão da visita a Faro, onde mora uma equipa “muito consistente e equilibrada” e teceu um curto comentário sobre o período eleitoral que se vive nos dragões, deixando claro que Pinto da Costa não lhe pediu apoio público para apoiar a recandidatura.
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“Espera-nos uma deslocação difícil, historicamente é complicado jogar no São Luís. O Farense tem equipa consistente, equilibrada e o José Mota tem feito um excelente trabalho, conseguindo evoluir de forma interessante. Temos de descobrir o que fazer para trazer os três pontos”, resumiu Sérgio Conceição, referindo que Eustaquio e Grujic estão em dúvida para o duelo deste domingo.
O F. C. Porto atravessa o melhor momento da temporada e o técnico entregou o mérito aos atletas e ao espírito de grupo: “Procuramos a consistência, os dados dos últimos jogos são bons, mas se não continuarmos a esse nível, lá vai voltar esse assunto. Os resultados têm sido associados a boas exibições, e é isso que queremos. O espírito do grupo de trabalho é fantástico e isso deixa-me satisfeito enquanto treinador”, salientou, voltando a destacar a importância do trabalho semanal.
“A nossa dinâmica, com e sem bola, tem a ver com a semana de trabalho, não posso adivinhar o que vai acontecer quando regressarem das seleções ou quando os lesionados recuperarem. Os jogadores, com o trabalho deles, é que me pedem minutos, não sou eu que os dou por estatuto ou por serem mais altos ou baixos”, especificou.
Conceição voltou a criticar o facto do mercado de janeiro estar aberto demasiado tempo, deu a entender que o plantel está curto de centrais – “enquanto não tivermos novidades, vamos à luta com estes” – e até deu um exemplo de quando era futebolista.
“Já não fui em janeiro para um clube por minutos, depois tive a sorte ou o azar de uma pessoa, na Grécia, falecer – isto até soou mal. Acabei por ir para o PAOK. Este mercado de janeiro está demasiado tempo aberto, os que jogam mais ficam com as expectativa de sair para outro lado, os que jogam menos querem ter mais minutos de jogo”.
Sobre o esforço exigido, neste novo sistema, aos extremos e ao ponta de lança da equipa, o técnico voltou a lembrar os seus tempos de jogador: “O que se pede a toda a equipa é que todos atacam e defendem. Quando era jogador também chegava esgotado a casa e até era difícil… ir à casa de banho. O Francisco e o Evanilson são jogadores de sprint e alta intensidade, por isso é que temos reforços no banco”.
Sérgio Conceição voltou a ser comedido nos comentários que fez às eleições para a presidência do F. C. Porto, um dia depois de se saber que Pinto da Costa será recandidato: “Obviamente que tenho uma opinião, como trabalhador do F. C. Porto sempre fui presidido pelo presidente mais titulado do Mundo. Que haja debate de ideias e propostas, é sempre produtivo para a vida do clube”, disse, antes de ser questionado se Pinto da Costa lhe pediu apoio eleitoral.
“Só quem não conhece o presidente é que pode meter isso cá fora. O presidente pede-me o que pede a todos os funcionários deste clube: trabalhar com rigor e competência. O que ele quer das centenas de trabalhadores é que tenham essa base presente diariamente. Se vou votar? Isso não é importante, obviamente que tenho direito a votar”, finalizou.