Dragões batem madeirenses com calcanhar de Evanilson e desvio feliz de Pepê, mas não se livram de algum sofrimento. Rivais ficam a nove e 12 pontos.
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Vantagem mínima, distância máxima no campeonato. O líder não se livrou de alguns sobressaltos, perante a reação do Marítimo ao segundo golo da noite, mas conseguiu o mais importante e ofereceu a vitória a Sérgio Conceição, no jogo 250 do técnico à frente dos dragões. Em dia de eleições, o F. C. Porto não se absteve de garantir mais três votos rumo à escolha do próximo campeão e deixou, de forma provisória, Sporting e Benfica a nove e 12 pontos de distância, uma margem poucas vezes vista nos últimos anos de futebol português.
No primeiro jogo depois do anúncio da venda de Luis Díaz ao Liverpool, a magia do colombiano - que não poderia jogar de qualquer forma, por estar na seleção -, fez falta ao dragão, um pouco mais previsível do que o costume e que teve no rigor a grande arma para garantir o indispensável.
Perante um Marítimo em clara subida de forma desde que Vasco Seabra assumiu a equipa, o F. C. Porto chegou à vantagem aos 18 minutos, numa jogada de elevadíssima nota artística. Simulação preciosa de Otávio, passe perfeito de Evanilson, devolução do internacional português e golo de calcanhar do avançado brasileiro, que marcou qualquer coisa como sete golos nos últimos seis jogos. Os madeirenses reagiram, com Alipour a ganhar nas alturas e a deixar André Vidigal na cara de Diogo Costa, mas o guarda-redes respondeu presente.
O início da segunda parte foi absolutamente frenético. Evanilson, isolado por Otávio, atirou contra as pernas de Paulo Victor, mas, aos 48 minutos, os azuis e brancos celebraram mesmo o segundo. O cruzamento de Bruno Costa encontrou o remate enrolado de Otávio, mas a felicidade bateu nas costas de Pepê - que ocupou a vaga de Díaz - e só parou no fundo das redes.
Jogo resolvido? Nada disso, porque cinco minutos depois o Marítimo reduziu, numa recarga de Edgar Costa após defesa apertada do guardião portista a remate de Guitane. O F. C. Porto acusou o toque e perdeu o controlo da bola no último quarto de hora, mas a verdade é que os insulares não tiveram uma única chance para empatar.
Mais: Os adeptos portistas nem se lembraram de Uribe, tal a qualidade da exibição de Grujic. Vitinha e Otávio sempre em alta rotação e Evanilson eficaz. Guitane é uma pedra preciosa do Marítimo.
Menos: É raro acontecer, mas Fábio Vieira mostrou pouca certeza no passe. Os dois médios de construção dos madeirenses - Beltrame e Diogo Mendes - com muitas dificuldades a sair a jogar.
Árbitro: Não teve lances realmente polémicos para decidir, mas perdeu o controlo do jogo ao assinalar faltas e faltinhas. Pouca coerência nos cartões amarelos mostrados.
Veja o resumo do jogo:
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