Selecionador nacional cumpre marca redonda no embate de amanhã frente à Chéquia. Conquistas do Europeu de 2016 e da Liga das Nações em 2019 são expoente máximo
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A 23 de setembro de 2014, a Federação Portuguesa de Futebol oficializou a contratação de Fernando Santos para o cargo de selecionador nacional, depois do despedimento de Paulo Bento. Nos quase oito anos que se passaram, o treinador, que academicamente se formou em engenharia eletrotécnica e telecomunicações, somou 99 jogos e no embate de amanhã, frente à Chéquia (19.45 horas, RTP 1), arredondará o número e cumprirá o centésimo jogo enquanto selecionador nacional.
Com Fernando Santos ao leme, Portugal vive, pelo menos em termos de conquistas, a fase dourada do futebol. Em 2016, na casa da anfitriã França, a seleção nacional conquistou o Europeu com o icónico golo de Éder, já no prolongamento, e que valeu o primeiro título internacional sénior para Portugal. Três anos depois, o selecionador nacional conquistou a Liga das Nações, na primeira edição, com uma vitória (1-0) sobre a Holanda, na final, no Estádio do Dragão.
A era Fernando Santos tem, até hoje, um registo de 61 vitórias, que se traduzem em 62% dos jogos, aos quais há a adicionar 21 empates e 15 derrotas. Quanto a golos, Portugal marcou neste período 204 golos e sofreu apenas 73. Pouco mais pode Fernando Santos adicionar ao currículo, apesar de ter participado na Taça das Confederações em 2017 e ter caído nas meias-finais, frente ao Chile, tendo conseguido o "bronze" no jogo de apuramento de terceiro lugar frente ao México. Além dessa competição, falta ainda cumprir o grande objetivo e a oportunidade chegará em Novembro: viajar ao Qatar e trazer o Campeonato do Mundo para Portugal.
Carlos Queiroz igualado
O já longo legado de Fernando Santos faz dele o selecionador nacional com mais jogos e por larga margem - o top-3 completa-se com Luiz Filipe Scolari, com 74 jogos, e Carlos Queiroz, com 49.
Ora, Queiroz é precisamente o selecionador que o "engenheiro" igualará amanhã na lista de jogos consecutivos ao serviço de uma seleção, uma vez que Carlos Queiroz cumpriu 100 partidas ao serviço do Irão. Os dois lusos passam a ocupar assim a 23.ª posição deste ranking, que é liderado por Joachim Low, antigo selecionador da Alemanha, que cumpriu 179 jogos à frente da "Die Mannschaft".
Com mais três jogos para cumprir na Liga das Nações até ao arranque da preparação para o Mundial, Fernando Santos deve chegar aos 103 jogos como selecionador nacional e subirá ao 21.º lugar, ultrapassando Guy Thys (Bélgica) e Berti Vogts (Alemanha). Com a presença no Mundial garantida, o selecionador nacional entrará certamente no top-20, ultrapassando nomes como Enzo Bearzot (104 jogos pela Itália) ou Otto Rehhagel (106 jogos pela Grécia).