Dinamarquês fez o golo em cima do intervalo e empolgou os adeptos a cada toque de bola. Dragões superaram o teste mais exigente e deixaram o relvado com boas sensações. Venha o campeonato.
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Há um F. C. Porto diferente para melhor no Dragão, mas para que as promessas se tornem certezas há que continuar a ganhar jogos para recuperar crédito e confiança. Ontem, contra o Atlético Madrid, a bitola era mais exigente do que a da semana passada contra o Twente, mas os jogadores de Farioli cumpriram. O onze e a estrutura estão encontrados, resta agora olear tudo como deve ser para crescer e reconquistar. Froholdt é mais um menino, de "barba rija", que caiu nas graças de um Dragão que viu um bom jogo.
Os duelos com o Atlético Madrid deixam sempre antever muito trabalho, capacidade de resistência e algum sofrimento para "furar" uma defesa que é muito mais do que isso. Mas o F. C. Porto soube adaptar-se, mostrar personalidade, capacidade para pressionar na frente e recuperar bolas alto, sem grandes desequilíbrios, no jogo de estreia de Bednarek, que trouxe segurança e organização lá atrás. Com Martim Fernandes na esquerda e Alberto Costa à direita, Farioli quase repetiu a equipa que defrontou o Twente, mas percebeu-se o crescimento físico e as melhorias nas dinâmicas.
Depois há Froholdt, que promete tornar-se um verdadeiro caso sério. Cada vez que tocou na bola criou problemas, arrastou a equipa para a frente e empolgou os adeptos, com uma capacidade única para galgar terreno e aguentar o contacto, sem perder a bola. Minutos depois de Ruggeri acertar na trave de Diogo Costa, o dinamarquês combinou com Pepê, entrou pela direita, nas costas dos "colchoneros", e disparou para o golo de um ângulo apertado. Os adeptos fizeram a festa e Froholdt vestiu o fato de herói, que lhe caiu que nem uma luva.
A primeira parte deixou boas indicações de Borja Sainz, que obrigou Oblak a defesa apertada (12 m) e quase emendava para o golo (35). Gabri Veiga deu boa conta da sua zona de ação, revelando-se importante na pressão, e Samu teve duelos muito duros com os centrais adversários. Pepê está outro jogador e as ligações entre Varela e os centrais mais fluidas.
Na segunda parte, o Atlético entrou com outra equipa e Farioli foi rodando os jogadores. Rodrigo Mora entrou bem a tempo de arrancar aplausos num lance (77) em que apagou vários defesas da frente antes de rematar ao lado, já depois de Samu (55) ter falhado de cabeça.