Nos últimos dias o futebol brasileiro tem estado marcado por um escândalo que envolve apostas dos próprios jogadores, que terão recebido dinheiro de apostadores em troca de serem admoestados com cartões, na operação "Penalidade Máxima" que já está a ser investigada pelo Ministério Público.
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O caso mais recente surge esta quarta-feira, com o Cruzeiro a informar que afastou "preventivamente das atividades da equipa de futebol profissional" o jogador Richard, que está a ser investigado por um escândalo de apostas na operação "Penalidade Máxima".
O nome de Richard surge em conversas com apostadores, que já foram entregues ao Ministério Público brasileiro. O jogador terá recebido cerca de 7300 euros quando jogava no Ceará para receber um cartão amarelo no encontro contra o Cuiabá. No "print screen" da mesma conversa, aparece um comprovativo de pagamento pela aplicação Pix. "Está pago, meu amigo", pode ler-se.
Nino Paraíba é outro futebolista que é suspeito de estar envolvido neste escândalo de apostas. O jogador atuava no Ceará e também foi aliciado a receber um cartão amarelo no mesmo jogo contra o Cuiabá. Foi admoestado aos 51 minutos de jogo.
O Ministério Publico obteve ainda mensagens de Matheusinho, médio do América-MG, numa conversa com um apostador. Numa gravação áudio, o referido apostador afirma que acordou com o futebolista o pagamento de cerca de 3600 euros.
Ainda há o caso de Dadá Belmonte, quando atuava pelo Goiás no ano passado. O nome do futebolista surge envolvido num caso com o defesa Eduardo Bauermann, que foi afastado pelo Santos na terça-feira, numa conversa entre o central e um apostador. Dadá foi expulso na segunda parte na partida contra o Fluminense depois de ter entrado em conflito com um adversário.
Eduardo Bauermann está também associado a um caso que envolve Fernando Neto, antigo jogador do Paços de Ferreira, onde pode ler mais aqui.
Neste esquema de apostas desportivas, o apostador ganha dinheiro se acertar no nome de um jogador que receba um cartão, amarelo ou vermelho.