Luxo, prestígio e tradição. As três palavras que definem o fim de semana da comitiva da Fórmula 1 em Mónaco. Nas ruas estreitas de Monte Carlo, a história é feita a cada segundo.
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O Grande Prémio do Mónaco é uma das corridas mais aclamadas do mundo do automobilismo, pela dificuldade e pela envolvência no mundo todo. Nas ruas de Monte Carlo e La Condamine, todo o ano abertas ao público, mas fechadas durante o fim de semana em que recebem a comitiva da Fórmula 1, encontramos os carros, e pilotos, mais rápidos do mundo, mas não só.
No microestado do Mónaco, vivem cerca de 12 mil milionários, a quem se juntam muitos mais para ver a corrida em luxuosos iates no meio do mar. É sem dúvida uma prova para a classe mais alta, que se encontra anualmente num fim de semana que é muito mais que apenas uma competição de carros.
A corrida no Mónaco é caseira para maior parte dos pilotos com contratos para competir na Fórmula 1, sendo que quase metade escolheu a Riviera Francesa para viver. São eles, Hamilton, Verstappen, Leclerc, Norris, Russel, Bottas, Perez, Hulkenberg e Albon. Isto acontece por vários motivos, como, por exemplo, a não existência de impostos, a boa localização e a maior privacidade.
Para além de todo o mundo da fama envolvido, o circuito contribui muito para a especularidade das corridas, sendo um dos mais icónicos e desafiadores de todo o calendário. A pista tem apenas 3.337 metros de extensão, sendo a menor do calendário da Fórmula 1, e é composta por 19 curvas em ruas estreitas, exigindo muita precisão dos pilotos.
Uma outra curiosidade que eleva a prova a outro patamar, é o facto desta pertencer à chamada Tríplice Coroa do Automobilismo. Nela estão inseridos o GP do Mónaco, as 500 Milhas de Indianápolis e as 24 horas de Le Mans. Apenas um piloto na história pode se gabar de ter conseguido o feito: Graham Hill. O histórico piloto dominou as ruas de Mónaco por cinco vezes, conquistou as 500 Milhas por duas vezes e selou a Tríplice Coroa com uma vitória nas desgastantes 24 horas de Le Mans.
No "roster" atual de pilotos, o mais próximo de conseguir igualar o feito de Hill, é o veterano Fernando Alonso, faltando apenas vencer as 24 horas de Le Mans, o que já tentou, mas não conseguiu. Quanto às equipas, a McLaren também é a única a conseguir a proeza, homenageando, este ano, o rei de Mónaco, Ayrton Senna, com uma nova pintura no carro.
Na temporada transata, o vencedor foi o dominante Max Verstappen, que apesar de continuar igualmente rápido, começa a se preocupar com a melhoria dos McLaren, especialmente o do amigo Lando Norris, chegando a morder os calcanhares do holandês na última prova em Imola. Com Fórmula 1, Indy 500, Nascar e Moto GP, os fãs dos desportos automobilizados vão ter um fim de semana repleto.