Sílvio, antigo lateral do Benfica, admitiu que as provocações de Jorge Jesus, como treinador do Sporting, a Rui Vitória, técnico do Benfica, serviram de motivação para o título conquistado pelas águias.
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A época 2015/16 do campeonato português ficou marcada pela saída de Jorge Jesus do comando técnico do Benfica, para o Sporting.
Poucas semanas depois de assumir o posto no clube verde e branco, Jorge Jesus iniciou uma troca de provocações com Rui Vitória, técnico que o substituiu no Benfica, ao desvalorizar o trabalho do seu substituto na liderança dos encarnados:
"As ideias que estão lá são todas minhas. O Benfica não mudou nada, zero. Vou jogar contra uma equipa com ideias minhas. Eu cheguei ao Sporting e mudei tudo. O cérebro já não está lá (no Benfica), o treino não vai ser o mesmo, mas tudo aquilo continua", disse Jorge Jesus, na antevisão do encontro entre Benfica e Sporting para a Supertaça Cândido de Oliveira, conquistada pelos leões, em vitória por 1-0.
Nos meses seguintes, a troca de argumentos reacendeu-se por várias ocasiões, algo que, de acordo com Sílvio, deu uma motivação extraordinária aos jogadores do Benfica, numa época que culminou com o título a acabar nas mãos das águias:
“O mister Jorge Jesus, do outro lado, espicaçou-nos de uma maneira incrível. Sentiu-se muito dentro do balneário. Se falares com outro jogador que passou por lá nesse ano, ele diz-te o mesmo, sentíamos mesmo isso. Obviamente não tinha pena nenhuma do mister Rui Vitória, porque ele não é homem para termos pena, mas nós sentíamo-nos revoltados, porque o Rui Vitória estava sempre na dele, e estava sempre a levar com o Jorge Jesus do outro lado. Não foi fácil e isso espicaçou-nos bastante” admitiu o antigo lateral, que deu como encerrada a carreira como jogador de futebol profissional no final do mês de maio.
Sílvio destacou, ainda, o rendimento dos seus colegas do setor ofensivo, na temporada em que Rui Vitória levou o Benfica à conquista do campeonato:
“Tínhamos a sorte de ter ali três ou quatro jogadores com os quais as coisas correram de uma maneira incrível: Gaitán, Pizzi, Jonas, Mitroglou. As coisas andavam, a bola chegava a eles, e eles resolviam”, disse o antigo internacional português, no podcast Final Cuts, da Sports Tailors.