Clube de Esposende é dos poucos do litoral Norte que proporciona a prática de andebol feminino federado.
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Sendo a única coletividade na faixa litoral entre Viana do Castelo e Vila do Conde que proporciona a prática de andebol feminino federado, o Centro Social da Juventude de Mar, mais conhecido como Juvemar, com sede em Esposende, é uma referência nesta região, contando, atualmente, com quase uma centena de atletas em todos os escalões.
Apesar de incorporar uma equipa sénior, o principal foco da instituição está voltado para a formação, numa missão desempenhada há mais de 40 anos e que "enche de orgulho" os seus responsáveis. "Além de proporcionarmos a prática desportiva, o nosso objetivo é incutir às nossas jovens valores como respeito, educação e solidariedade, que são fundamentais nestas idades", explicou, ao JN, Estêvão Abreu, presidente da Direção da Juvemar, que tem ainda as modalidades de atletismo e futebol.
As dificuldades causadas pela pandemia da covid-19, estão paulatinamente a ser ultrapassadas, mas o dirigente garante uma gestão "de contas certas e pés assentes no chão", vincando que a vertente formativa "é sempre mais importante que os resultados desportivos". Para ajudar nessa missão, a Juvemar possuiu um pavilhão próprio, localizado na freguesia de S. Bartolomeu do Mar, que está atualmente em obras de remodelação. "É uma mais-valia ter uma casa própria. Permite-nos gerir os tempos das atividades sem dependermos de ninguém", acrescentou.
Pandemia causa quebra
Para orientar as várias equipas, a coletividade tem seis treinadores, fazendo um trabalho integrado, sobretudo nesta altura pós-pandemia, para recuperar o contingente de praticantes. "Com as paragens que tivemos de fazer, houve uma quebra significativa nas atletas que regressaram. Estamos a fazer um trabalho de divulgação e nos escalões mais jovens temos equipas já muito completas", disse o técnico André Marques.
O responsável considera que o fundamental é que as jogadoras "sejam meninas felizes e com vontade de vir treinar", elencando as vantagens da prática da modalidade. "Além da missão de ensinarmos andebol, promovendo o desporto, sinto que estamos a transmitir-lhes ferramentas para encararem os desafios da sociedade. Temos sempre a porta aberta para o que precisarem", concluiu o técnico.