O treinador de futebol Manuel Machado fez a análise do clássico desta sexta-feira, em que o F. C. Porto triunfou, por 2-1, no terreno do Benfica. A eficácia do duplo pivô defensivo dos dragões e o facto de as águias terem abdicado da "posse, fluidez e talento" que têm mostrado esta época foram fundamentais para o desfecho.
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"O F. C. Porto dominou quase todo o jogo, perante um Benfica que abdicou dos seus princípios e pagou muito caro por isso. O resultado devolve alguma emoção ao campeonato e acredito que a luta pelo título vai durar até ao final", afirmou Manuel Machado.
Dois pivôs e controlo
"O controlo do jogo foi claramente do F. C. Porto, muito graças à solidez dada pelos dois médios defensivos e, também, pelas movimentações dos alas e de Otávio, nas costas do ponta de lança"
Sem imaginação
"Vi um F. C. Porto igual a si mesmo e um Benfica que, por questões estratégicas ou por ter marcado cedo, abdicou do seu ADN: não teve a posse, fluidez, imaginação e talento, que mostrou até agora, tanto no campeonato como na Liga dos Campeões, e pagou bem caro por isso"
Infelicidade e justiça
O golo de Uribe, em cima do intervalo, deu justiça ao marcador, porque o F. C. Porto há muito que estava por cima do jogo: aliás, o 1-0 foi um lance infeliz de Diogo Costa, mas a equipa de Sérgio Conceição conseguiu reagir muito bem"
Faltou Rafa
"Perante a pressão portista, o Benfica tinha tudo para jogar na profundidade e tentar aproveitar velocidade do Rafa, que quase não se viu em campo"
Conceição atento no final
Nos últimos minutos, o Benfica tentou o futebol direto, apostando na entrada de Musa, mas não conseguiu, sequer, criar dificuldades a Diogo Costa. Muito bem o Sérgio Conceição a lançar o terceiro central nos últimos minutos para fazer face aos lançamentos longos para a área"