O antigo número um do ténis mundial é agora comentador televisivo.
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Ao fim de quase oito anos, João Sousa saiu do top 100 do ranking ATP. Acredita que ainda é possível voltar lá ou já está numa fase descendente da carreira?
Acredito que vai ser uma queda lenta. Ele é muito consistente e quando se tem uma atitude tão persistente como a dele estamos mais próximos de jogar uma série de encontros a grande nível. E isso é suficiente para manter uma boa posição no ranking.
Como vê a evolução do ténis português? O que está a faltar para ter mais jogadores entre os melhores do mundo?
História. Penso que falta um pouco de história e antigos jogadores com grandes conquistas para que os mais novos possam aprender e ficar motivados. Acredito que o João Sousa tem sido um grande exemplo para as crianças portuguesas.
Na época passada o Djokovic falhou a possibilidade de conquistar o Grand Slam. Acredita que foi a última oportunidade que teve para o fazer ou poderá ambicionar novamente esse feito histórico?
Essa foi a grande oportunidade de o ter feito. Como não conseguiu ganhar o US Open, os jogadores perceberam que a vulnerabilidade, afinal, existe, e isso vai dificultar-lhe a vida. Antes, o que acontecia. é que atiravam a toalha ao chão demasiado cedo. Realmente foi a derradeira chance para ganhar todos os "majors" na mesma época.
Sente que o ténis está a voltar à normalidade ou ainda está longe de acontecer devido à pandemia?
De certeza que não está perto de regressar à normalidade. Ainda há dias estive em chamada com uma amiga que me contou que está a treinar uma tenista que está isolada numa bolha há quatro meses. Não há liberdade para circulação nem para dar um simples abraço aos fãs. Estamos muito longe do normal.