André Jesus e Pedro Sousa acumulam promoções na carreira e ajudam Leixões a chegar pela primeira vez à 3.ª Divisão Nacional de futsal.
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"É rei das subidas, talismã e há quem diga que tenho a estrelinha". Pedro Sousa habituou-se a ouvir isto e muito mais. Afinal, já lá vão oito subidas de divisão na carreira, a última delas pelo "seu" Leixões, que se vai estrear, na próxima época, na 3.ª Divisão Nacional. "São sempre momentos especiais, este ainda mais, porque sou leixonense. As derrotas custam mais, mas as vitórias sabem de maneira diferente, como adepto e jogador", confessa. André Jesus, seu colega de balneário, também se habituou a ser visto como alguém capaz de atrair boas energias. "O presidente do Arsenal, que é meu colega, diz que costumo dar sorte, mas ela dá muito trabalho", comenta, após a sétima promoção do currículo.
A subida, inédita, à 3.ª Divisão é o culminar de uma época exigente para o Leixões, marcada por uma revolução no plantel e pelo título de campeão distrital do Porto, feito que lhe permitiu disputar a Taça Nacional, onde carimbou a promoção, na Série B, juntamente com o Santa Isabel.
A temporada teve um final emotivo, sobretudo para Pedro Sousa, recuperado de uma lesão grave que o afastou dos pavilhões durante largos meses. "Foi um caminho muito longo e duro para voltar. Regressei em fevereiro e, no fim, tive a recompensa", desabafa.
Por falar em lesões, André Jesus partiu um dedo da mão no jogo que garantiu a subida. "Não sei se vou jogar (no jogo da consagração), mas o importante foi termos alcançado o objetivo. Estou a caminho dos 38 anos, mas esta subida foi bastante especial, tendo em conta o clube em si e a sua massa associativa", remata. Não há glória sem sofrimento.