O diretor de futebol do F. C. Porto, Jorge Costa, morreu esta terça-feira, aos 53 anos, depois de se ter sentido mal no centro de estágios do clube, no Olival, em Gaia. A informação foi confirmada ao JN por fonte oficial hospitalar do São João, unidade onde estava internado.
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O mítico capitão dos dragões estava na segunda época nas novas funções do clube de sempre, como diretor para o futebol profissional.
Era conhecido como "Bicho", alcunha que lhe deu Fernando Couto, um dos companheiros de posição que teve no eixo da defesa. Um capitão e um líder em toda a essência, profundamente respeitado pela personalidade que exibia nos relvados. Foi um dos seis verdadeiros pentacampeões, ou seja, os jogadores do F. C. Porto que estiveram nos inéditos cinco campeonatos consecutivos, tal como Aloísio, Drulovic, Paulinho Santos, Rui Barros e Folha.
Com Vítor Baía, Jorge Costa levantou a Taça UEFA em 2003 e a Liga dos Campeões em 2004, ficando eternizado numa geração fantástica dos azuis e brancos. Quando se pedia a alguém para definir um jogador à Porto, Jorge Costa era um dos exemplos mais fiéis.
Completou 530 jogos, 50 dos quais pela Seleção Nacional, com 383 de dragão ao peito. Foi, no entanto, no Penafiel que fez a estreia como sénior, em 1990/91, cedido pelo F. C. Porto, clube onde fez a formação.
Na temporada seguinte, voltou a ser emprestado, desta feita ao Marítimo, no entanto, a partir de 1992/93, fixou-se na equipa portista e só voltaria a jogar por outros dois clubes. Em 2001/02, após um desentendimento com o treinador Otávio Machado, foi cedido ao Charlton, mas voltaria a casa, às Antas, na época seguinte, para então dar início ao ciclo dourado com José Mourinho no banco.
Finalmente, em 2005/06, terminou a carreira na Bélgica, no Standard Liège, depois de perceber que Co Adriaanse, na altura técnico do F. C. Porto, não contava com ele.
Apaixonado por futebol, fez a estreia como treinador logo na temporada seguinte, ao serviço do Braga.