Nuno Lobo apresentou, nesta terça-feira, em Lisboa, a sua candidatura à liderança da Federação Portuguesa de Futebol, garantido que, em relação ao favoritismo que reúne a hipotética candidatura de Pedro Proença, “não há vitórias antecipadas”. "Não se ganha uma maratona nos primeiros quilómetros nem nos jornais".
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"Não estou há dois anos, talvez mais, a fazer campanha encapotada com recursos que são dos clubes de futebol, não tenho o aparelho da instituição a que presido, a AF Lisboa, a trabalhar para mim, como outros descaradamente o fazem e não peço, nem vou pedir, a nenhum clube, associação ou dirigente para me elogiar ou criar uma vaga de fundo artificial apenas para justificar que falte à minha palavra e que quebre uma promessa eleitoral com pouco mais de um ano", afirmou, referindo-se a Proença, adiantando que não acredita que o atual presidente da Liga reúna já apoios suficientes que assegurem a vitória. "Vai haver luta até ao fim", prometeu.
Aos jornalistas, garantiu que Roberto Martinez vai continuar como selecionador, caso vença as eleições, e adiantou que Luís Figo pode fazer parte da sua estrutura. Entre as suas ideias, caso, destacou a promessa de colocar de pé novas infraestruturas. "A contrução de uma delegação da FPF e de uma Cidade do Futebol descentralizada, no Norte do País". A seguir, falou do "apoio à profissionalização de todos os 29 sócios ordinários da Federação (com um aumento do apoio financeiro a cada um deles", medida no valor de cinco milhões de euros. Finalmente, mencionou a criação de um Fundo de Emergência ao futebol profissional e não profissional com o intuito de reforçar os clube e/ou sociedades desportivas, no montante global de 15 milhões de euros".
Relativamente à atual gestão, prometeu alterações. "Perdemos competitividade a nível europeu. As sociedades desportivas estão descapitalizadas, com grandes dificuldades, com dívidas recorrentes ao Estado, a atletas e a fornecedores, com os seus dirigentes quase sempre em cima do fio da navalha entregues à sua sorte", acrescentando que a Liga 2 é "inviável". "Em vez de distribuir verbas que são dos clubes, as gasta de forma incompreensível e irresponsável. Temos de reverter esta preocupante situação".