Próximo adversário do Barcelona na Taça do Rei nasceu há dez anos para ser uma resistência contra o futebol-negócio.
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A frase de fundo do perfil de Roberto Pescador, presidente do Unionistas, no Twitter não podia ser mais simbólica: “+ Unionistas, - futebol negócio”. Um lema e um mantra sempre disponível para resumir como, em dez anos, um clube foi da última à 3.ª Divisão do futebol espanhol e que agora se prepara para viver o ponto mais alto da curta existência, com a receção ao Barcelona nos oitavos de final da Taça do Rei (quarta-feira, às 17 horas), depois de afastar o Villarreal.
Fundado pouco depois de ser decretada a falência e consequente morte da UD Salamanca, após 90 anos a ser o grande representante desportivo da cidade, o Unionistas é filho do desencanto e da revolta de um grupo de adeptos que não se conformaram com as irresponsabilidades de ordens várias que causaram o triste final desse outro clube e que se convenceram de que era possível fazer diferente, sem com isso hipotecar os resultados desportivos nem colocar em causa a saúde financeira. Até ver, nada a apontar.