Através da newsletter "Dragões Diário", o F. C. Porto assinalou esta sexta-feira os 65 anos do chamado "Caso Calabote", ocorrido a 22 de março de 1959, dia em que a equipa portista decidiu o campeonato, numa disputa com o Benfica, até aos últimos suspiros da última jornada.
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"O que aconteceu no dia 22 de março de 1959, em Torres Vedras e em Lisboa, é história que ninguém poderá reescrever. Há 65 anos, Perdigão, Noé e Teixeira marcaram os golos da vitória azul e branca no Campo das Covas, onde Valdivieso, treinador adjunto do Benfica se sentou ao lado de Szabo, técnico do Torreense, enquanto no Estádio da Luz a equipa da casa precisava de marcar mais cinco golos do que o F. C. Porto para se sagrar campeã", pode ler-se na publicação portista.
"Inocêncio Calabote retardou ao máximo início desse jogo, assinalou três penáltis a favor do clube do coração, expulsou outros tantos adversários e prolongou o encontro muito para lá da hora, mas nem assim cumpriu a missão", acrescentam os dragões.
"Apesar da desastrada exibição do guarda-redes da CUF, entretanto substituído a pedido dos colegas, o Benfica 'só' venceu por 7-1 e ficou a um golo de roubar o desígnio aos portistas, que, 12 minutos depois do apito final, festejaram a conquista do título por um golo de diferença. Após o mais dramátio epílogo dos campeonatos, Calabote acabaria acusado de corrupção e irradiado do desporto", finalizam.
O F. C. Porto sagrou-se campeão nacional na época de 1958/59, acabando o campeonato com os mesmos 41 pontos do Benfica, mas com 81-22 em golos marcados e sofridos, contra 78-20 das águias. Esse seria o último título conquistado pelos portistas antes de um jejum de 19 anos, que terminaria apenas na temporada de 1977/78.