Bracarenses marcaram dois golos em oito minutos ao Hoffenheim e conseguiram uma vitória importante para as contas da Liga Europa.
Corpo do artigo
Uma entrada a todo o gás lançou o Braga para uma vitória indispensável na Liga Europa, pelo menos na teoria, tendo em conta o difícil calendário da equipa minhota nas últimas três jornadas desta fase, que incluem jogos frente à Roma, na capital italiana, e com a Lazio em casa. Aos oito minutos, os bracarenses já tinham marcado dois golos, primeiro pelo endiabrado Bruma, que aproveitou muito bem um erro infantil na saída de bola do Hoffenheim, e depois por Roger, noutro lance em que Bruma teve papel fundamental, antes da assistência de Ricardo Horta para o jovem ala direito.
Na perspetiva bracarense, o mais difícil estava feito, mas, com uma eternidade para jogar, havia tempo mais do que suficiente para acordar os fantasmas da recente visita do Sporting à “pedreira”. A dúvida seria sempre levantada por um eventual golo dos alemães, mas desta vez a equipa de Carlos Carvalhal (repetiu o onze do jogo da Taça com o Leixões) aguentou bem a vantagem de 2-0 que levou para o intervalo.
Na primeira parte, o Hoffenheim ainda ameaçou reduzir num par de lances bem desfeitos pela defesa arsenalista, com destaque para um corte precioso de Niakité, quando a bola se encaminhava de forma ameaçadora para a baliza à guarda de Matheus, igualmente eficaz a travar com os pés duas jogadas em que os germânicos tentaram aproveitar a profundidade.
O segundo tempo provou que a estratégia de dar a bola à formação germânica para criar perigo no contra-ataque podia dar frutos ao Braga. Sem passar por grandes sobressaltos a defender, os minhotos tiveram muito espaço para explorar no último terço ofensivo e o terceiro golo podia ter acontecido várias vezes, não fosse alguma precipitação no último passe.
Talvez com receio da quebra física que alegou no final do referido jogo com o Sporting para justificar a reviravolta leonina (2-0 para 2-4), Carvalhal foi refrescando a equipa arsenalista em todos os setores, acabando premiado já nos descontos com o terceiro golo, uma obra de arte do médio Vítor Carvalho, na sequência de mais uma excelente iniciativa de Bruma no flanco esquerdo.
O 3-0 poderá considerar-se pesado para um Hoffenheim que revelou a apetência já vista na visita ao Dragão para atacar muito sem resultados práticos, mas para o Braga caiu como sopa no mel, até tendo em conta a possibilidade de o apuramento para a fase a eliminar vir a ser decidido pela diferença entre golos marcados e sofridos nos oito jogos. Para já, a equipa de Carvalhal subiu a uma posição de passagem ao play-off (18.º lugar), onde não estava antes desta jornada, e pode encarar com mais tranquilidade a deslocação a Roma, daqui a duas semanas.