Histórico clube asturiano superou várias crises e a ameaça de extinção. Vinte e três anos depois, pode voltar à La Liga.
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Há pouco mais de uma década, não faltou quase nada para o Real Oviedo fechar as portas. Não era a primeira vez desde que, em 2001, foi despromovido da La Liga (para nunca mais voltar), mas naquela ocasião houve desespero a sério: o fim parecia inevitável. Assim, e esgotadas as restantes opções, o clube aceitou a trágica condição, rebaixou-se e depositou a pouca esperança que lhe restava num apelo na Internet, com o objetivo de arrecadar um milhão de euros, indispensável para fintar a morte anunciada.
Os futebolistas Santi Cazorla e Juan Mata, “carbayones” desde pequenos, e o piloto de Fórmula 1, Fernando Alonso, nativo da cidade, não só passaram a palavra como compraram ações, e a onda de solidariedade terá chegado a 80 países, com milhares de pessoas a deitarem a mão ao Oviedo, entre elas muitos adeptos do Sporting Gijón, o grande rival asturiano. O clube sobreviveu. E amanhã (se ganhar ou empatar com o Espanyol) assegura o regresso à liga espanhola, ao fim de 23 anos.