Os Estados Unidos não são só os edifícios gigantescos das grandes cidades, as praias imensas viradas para o azulão do oceano Pacífico ou a sofreguidão diária. Também é a "tranquilidade e a pacatez" de Columbus, a cidade que acolheu Pedro Santos há oito meses. "É parecida com Braga, por exemplo", acrescenta o futebolista ao JN.
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Por aqui, não se pode dizer que a mudança tenha sido difícil - afinal, foi em Braga que Pedro Santos viveu quase quatro anos -, mas a adaptação não podia ser tão fácil assim, não é? "Quando cheguei não falava quase nada inglês e isso dificultou muito porque para quase tudo precisas de comunicar. A alimentação também é diferente: é muita fast food", atira o jogador português, entre risos. Ainda há bacon, ovos e salsichas ao pequeno-almoço e, normalmente, o almoço é despachado quase sem se dar por ele: "Não dão grande importância, comem uma sanduíche e está a andar".
Pedro Santos confirma que nos EUA "é tudo muito diferente" da realidade que deixou do lado de cá do Atlântico. "São mais evoluídos em muitas coisas", salienta. Mas, calma, descansem os baluartes do patriotismo, Portugal também tem com que se gabar nesta comparação. "Podiam aprender a conduzir como nós, são um perigo na estrada", diz. Onde o inverno é para lá de rigoroso e o verão não fica muito atrás no que ao calor diz respeito, Pedro Santos lamenta também o vazio da gastronomia lusitana. "Não há um restaurante português. Francesinhas, cozidos, etc... nem vê-los", finaliza.
Passe curto
Nome Pedro Miguel Martins Santos
Clube Columbus Crew
Idade 30 anos (22/04/1988)
Posição Avançado
A bandeira da amizade
Foi em mais um desses jogos de "muita correria e com um ritmo muito alto", é assim a Major League Soccer (MLS), também pouco dada ao "trabalho tático", que Pedro Santos se deu conta de que há mesmo portugueses em qualquer lugar do planeta. "Conheci um casal português em que os dois são adeptos do Columbus Crew e costumam levar uma bandeira de Portugal para os jogos. Um dia, fui ter com eles, falámos e ficámos amigos", recorda o futebolista. Isto não foi há mais de oito meses, mas a amizade não só resistiu como se consolidou. A 22 de abril, Pedro Santos festejou o 30.º aniversário longe de casa e eles lá estavam, aí sem a bandeira. Se não fosse por mais alguma coisa, ir para os EUA já lhe deu amigos novos.