A Polícia de Segurança Pública pediu, esta sexta-feira, a colaboração dos adeptos do Sporting e do FC Porto no "clássico" de sábado para que o dispositivo montado, habitualmente com cerca de 700 elementos, possa garantir condições de segurança.
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Segundo o subintendente Costa Ramos, que falava em conferência de imprensa de apresentação da operação de segurança, o encontro no Estádio José Alvalade é considerado de "alto risco", motivo pelo qual foi montando um "dispositivo policial entendido como necessário e adequado às circunstâncias".
"As portas vão abrir às 18.15 horas, no entanto a PSP começará a montar o policiamento pelas 16.45 horas. Não haverá restrições ao trânsito a não ser em situações pontuais de chegada das equipas e claques", afirmou Costa Ramos.
Os cerca de 2.500 adeptos do FC Porto oriundos da "cidade Invicta" vão concentrar-se junto ao Instituto Ricardo Jorge, em Lisboa, seguindo depois, em caixa de segurança, para o Estádio José Alvalade, onde será feita a habitual vistoria antes da entrada no recinto desportivo.
Esta situação levou, no Benfica-Sporting, a uma forte crítica por parte dos dirigentes "leoninos" pela demora, uma situação que o responsável da PSP compreende.
"A vistoria não é feita pelos elementos da PSP, mas sim pelos ARD [assistentes de recinto desportivo] que são da responsabilidade do promotor do evento. A PSP, quando muito, ajuda, numa segunda linha, a esta vistoria. Mas se demoraram 30 a 40 segundos por pessoa vejam o que pode demorar uma revista a fazer a três ou quatro mil adeptos", considerou.
Costa Ramos espera que "seja um jogo e um policiamento pacífico, sem alterações da ordem".
"Não há nada melhor para a PSP que as coisas correrem pelo melhor. É para isso que trabalhamos. A rivalidade, se for saudável, é boa e isso não é sinónimo de alterações da ordem. Um jogo de futebol não é uma guerra. A violência não leva a nada", concluiu.