Remco Evenepoel ganhou a 18.ª etapa e João Almeida manteve o nono lugar da geral. Vingegaard e Roglic, desta vez, protegeram o camisola vermelha
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A novela dos últimos dias prometia mais um capítulo na última etapa de alta montanha da Volta a Espanha, mas um pacto de não agressão na equipa Jumbo-Visma parece deixar Sepp Kuss a caminho da vitória final em Madrid, no domingo.
Ao contrário do sucedido nos últimos dias, Jonas Vingegaard, que estava apenas a oito segundos do norte-americano, e Primoz Roglic não atacaram na última subida do dia. Sem se saber se as ordens foram da equipa ou não, o facto é que o dinamarquês, sobretudo ele, protegeu sempre Kuss e Roglic, a cerca de um minuto da liderança, também não tentou o golpe de teatro. Recorde-se que, no final da etapa anterior, Vingegaard tinha afirmado que gostava de ver Sepp Kuss ganhar a Vuelta.
O anticlímax deixou tudo na mesma na frente da geral e o grande herói da 18.ª etapa foi o belga Remco Evenepoel (Soudal). Afastado da luta pela liderança, o vencedor do ano passado entrou numa fuga, atacou de muito longe e venceu com grande vantagem na chegada à meta, em La Cruz de Linares, nas Astúrias.
Com mais duas etapas pela frente até à de consagração, no domingo, Kuss ainda poderá ter problemas no sábado, mas, pelo que se viu esta quinta-feira, ver o americano perder a liderança é já um cenário bastante improvável.
Quanto a João Almeida (UAE Emirates), ficou para trás em relação ao grupo dos favoritos nos últimos quilómetros, mas acabou por não perder muito tempo. O português terminou a tirada na 17.ª posição e manteve o nono lugar na classificação geral, agora a 10.20 minutos de Sepp Kuss