Os Hummer estiveram esta terça-feira entre o "céu e o inferno" na nona etapa do rali de todo-o-terreno Dakar 2012, com a desistência de Nasser Al-Attiyah, o vencedor do ano passado, e o triunfo de Robbie Gordon.
Corpo do artigo
A liderança ainda é do francês Stephane Peterhansel (Mini), que esta terça-feira perdeu 1.38 minutos para Gordon. Na geral, o americano passou a estar a 5.58 e prometer dar luta ao mais bem classificado dos dominadores Mini.
Antes de Gordon festejar, a Hummer viu Al-Attiyah, que era sétimo da geral, sair pela "porta pequena" deste Dakar, por problemas mecânicos. Ao quilómetro 174 ficou sem o alternador do seu automóvel.
Robbie Gordon gastou 4:35.21 horas para os 557 quilómetros de especial entre Antofagasta e Iquique, com Peterhansel a 1.38 e outro Mini, o do espanhol Joan Roma, a 8.37.
Peterhansel é o primeiro da geral, com 24:41.14, seguido de Gordon, a 5.58, e do polaco Krzysztof Holowczyc (Mini), a 16.49.
Com a desistência de Al-Attiyah beneficiou directamente o português Carlos Sousa (Haval), que subiu a sétimo de geral, após igual classificação no dia. Chegou a 22.36 e está a 1:44.27 de Peterhansel, na geral.
O piloto da equipa chinesa Great Wall não só passou Al-Attiyah como colocou mais pressão sobre o actual sexto, o russo Leonid Novitsky (Mini), para quem reduziu o atraso para 15 minutos.
"Foi um dia longo e desgastante, que conseguimos ultrapassar sem grandes problemas, apesar de algumas passagens perigosas fora de pista e algum trabalho de navegação. O único verdadeiro desconsolo é não conseguir acompanhar o andamento dos Mini", desabafou no final, classificando a luta de "desigual mas a levar até ao fim".
Sobre Novitsky, diz que não é fácil ganhar a posição, mas que vai tentar: "Mesmo sabendo que não será fácil anular esta desvantagem até final, vamos tentar continuar a colocar-lhe alguma pressão nas etapas que se seguem".
Novamente a atacar esteve Ricardo Leal dos Santos (Mini), quinto na etapa, a 15.23 do primeiro. Mais uma boa etapa, que lhe valeu novo "salto" na classificação, de três lugares, para 12.º, a 3:57.40 do líder.
"A etapa é uma clássica desta versão sul-americana do Dakar, com a sua descida final espetacular para a chegada em Iquique. Correu-nos muito bem, apesar de um furo, um pouco depois de termos passado pelo Carlos Sousa, que voltámos a ultrapassar já depois da neutralização", disse Leal dos Santos, que ainda acredita no top-10.
"Está cada vez mais próximo, mas o importante continua a ser rodar junto dos meus companheiros da frente, para os apoiar em caso de necessidade", acrescentou, à chegada a Iquique.