Cristiano Ronaldo apontou Lionel Messi como "favorito" para vencer a Bola de Ouro 2015, e revelou determinação em continuar a bater recordes, pelos seus clubes e nas diversas competições.
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"Não era surpresa se ganhasse eu ou o Neymar, mas o Leo parte em vantagem, pois também a nível coletivo ganhou muitos troféus. Mas estamos aqui os três por mérito próprio", vincou Cristiano Ronaldo, na conferência que antecipa a entrega da Bola de Ouro, que vai premiar o melhor futebolista do mundo em 2015.
Finalista com o estreante brasileiro Neymar e o argentino Lionel Messi, favorito ao triunfo, no que seria o quinto cetro, que interromperia o prémio do madeirense nas duas últimas edições, Cristiano Ronaldo entende que o seu desempenho esteve sempre em alta, apesar dos grandes títulos terem fugido ao seu Real Madrid. "Acho que se estou aqui é por mérito próprio, pela época que fiz, pelo bom nível individual que tive. Para mim não é uma surpresa. Obviamente o Leo tem mais probabilidades - e talvez o Neymar -, mas se estou aqui é porque os jogadores, 'capitães' e selecionadores votaram em mim e por isso estou muito feliz", completou.
Para Cristiano Ronaldo, o segredo do sucesso é simples: "O meu melhor é a dedicação e trabalho árduo para atingir o que desejo. Para ter resultados diariamente. Não há outra forma de o conseguir. Talento sem trabalho não é nada".
CR7 assumiu ainda que adora bater recordes, nos clubes, no Real Madrid, na Liga dos Campeões, e que trabalha diariamente tendo em mente melhorar sempre.
O capitão da seleção de Portugal rejeita qualquer "pressão" por ser finalista pela oitava vez destacando antes a "grande honra" por estar nomeado de novo, ao lado de Messi, finalista pela nona vez, e Neymar, estreante. "Marquei muitos golos e estou muito orgulhoso por ter estado a um nível levado. Estou feliz. É claro que todos querem ganhar, mas apenas um o fará", disse.
O avançado do Real Madrid evitou ainda comentar os escândalos sucessivos em torno da FIFA, dizendo que tenta focar-se sempre no futebol e em treinar para ser "melhor no futebol e na vida".
Quando desafiado a enumera uma qualidade de Lionel Messi que gostaria de possuir, Cristiano Ronaldo disse, em tom bem-disposto, que o pé esquerdo do argentino "não é mau".
Lionel Messi, favorito para a conquista da Bola de Ouro, revelou que trocaria todos os troféus individuais por aquele que nunca ganhou, o Campeonato do Mundo, pela Argentina. "As recompensas coletivas vêm antes das individuais", justificou.
"Todos os anos tento ser melhor do que no anterior. Estou muito contente por tudo o que tenho feito no Barcelona", prosseguiu o futebolista de 28 anos, que conquistou o troféu em 2009, 2010, 2011 e 2012, pelo Barcelona, seu clube desde as camadas jovens.
Em 2015, venceu a Liga dos Campeões, o Mundial de clubes, a Supertaça Europeia, o campeonato e Taça de Espanha.
Já o brasileiro Neymar considerou que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são "os dois melhores jogadores" que viu jogar. "Os dois têm muito mérito e por isso estão aqui. Fazem história há muito tempo. Quais as diferenças que vejo entre ambos? Com um deles convivo todos os dias, com o outro vejo os seus vídeos", observou Neymar, que se confessou orgulhoso por estar no pódio da Bola de Ouro pela primeira vez na sua carreira.
Para o "craque" brasileiro, Messi "converteu-se num ídolo e também num amigo" e o facto de estar nomeado durante nove anos para a Bola de Ouro é "um marco e ao mesmo tempo um estímulo" para, ele próprio, "igualar os seus registos".
Confessando-se "muito feliz" por estar no pódio com "dois jogadores que admira", admitiu que espera repetir o feito no próximo ano, objetivo tanto mais alcançável quanto a sua equipa, o FC Barcelona, "continuar a ganhar".
A gala de Zurique, que tem início às 17.30 horas, distingue também o melhor treinador do ano, galardão para o qual são candidatos os espanhóis Pep Guardiola (Bayern Munique) e Luís Enrique (FC Barcelona), que vão estar ausentes, e o argentino Jorge Sampaoli (Chile).
No setor feminino, a norte-americana Carli Lloyd, a japonesa Aya Muyama e a alemã Celia Sasic, que se retirou aos 27 anos, são as candidatas ao troféu de melhor do ano.
Quanto aos treinadores de um conjunto feminino, a escolha recairá num selecionador: são candidatos a norte-americana Jill Ellis (Estados Unidos), o galês Mark Sampson (Inglaterra) e o japonês Norio Sasaki (Japão).