Pavilhão do saudoso Paulo Pinto acolhe os jovens basquetebolistas da Sanjoanense. Entre os 6 e os 12 anos são cerca de uma centena
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No pavilhão Paulo Pinto, em São João da Madeira, as manhãs de sábado são passadas entre dribles e lançamentos ao cesto. É ali que se constrói o futuro e, pelo caminho, se mantém a tradição de uma modalidade cujas ramificações na Sanjoanense remontam à década de 1930, sendo mesmo uma das primeiras atividades a ser implementadas por "um clube eclético", como assinala o vice-presidente Ricardo Pinto.
A secção vive dias animadores, com mais de 170 atletas nos quadros, uma centena dos quais no minibasquete, que se dedica a crianças entre os 6 e os 12 anos. "É onde nasce o futuro da Sanjoanense. Se não apostarmos aí, não vamos ter sucesso nos escalões superiores", salienta Ricardo Pinto, elogiando o trabalho que vem sendo levado a cabo pelo coordenador, Tiago Bastos, para o aumento da base de recrutamento. "Vamos às escolas, sobretudo do primeiro ciclo, e divulgamos a modalidade. Desde que começámos a fazê-lo, sentimos que a procura pelo clube começou a crescer", explica.
Tiago Bastos vê no "fenómeno Neemias", o primeiro português de sempre na NBA, um estímulo para os mais novos se interessarem pelo basquetebol, mas os clubes também desempenham um papel importante neste particular, sobretudo na retenção de talento.
"Nos escalões abaixo dos 10 anos, os exercícios têm um caráter lúdico, mas também competitivo, e os jogos são apropriados às suas idades, com regras específicas. Por exemplo, entre os seis e os oito anos não se pode tirar a bola da mão de um jogador até que ele tome uma decisão, seja lançar ou passar", explica Tiago Bastos. Igualmente importante é ter nos quadros técnicos "pessoas capazes para trabalhar com estas idades", assinala o coordenador, sendo este um pormenor ao qual a Sanjoanense procura dar particular importância.
A complexidade do trabalho desenvolvido com os mais novos, bem como a exigência, vai evoluindo com a idade. O objetivo final é "dar prioridade aos atletas aqui formados" nas equipas principais, masculina e feminina, assinala Ricardo Pinto.
Lembrando que "a intenção do clube é crescer no número de praticantes", o vice-presidente aponta o "reforço da estrutura" diretiva como principal desafio de futuro para que "a modalidade possa continuar a evoluir".