Treinador portista reage às acusações do Sporting e apela à competência dos jogadores para vencer o clássico.
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No sábado, há jogo grande no Dragão e Sérgio Conceição reconhece que só a vitória interessa para reabrir as contas da Liga. O Sporting é líder com 10 pontos e ainda não perdeu no campeonato, mas o técnico confia numa boa resposta e na conquista dos três pontos. "É fácil desmontar ou perceber como joga o Sporting, mas não é fácil contrariá-los. O futebol é simples, trata-se de não sofrer golos e marcar. O Sporting tem sido uma equipa bastante pragmática, que utiliza bem a largura e profundidade, e depois defende com muita gente. Temos de ser competentes para superar este adversário", fez notar Conceição.
O técnico foi confrontado com as acusações do clube de Alvalade, que considera que o F. C. Porto tem jogadores especialistas em cavar penáltis: "Na meia-final da Taça da Liga tivemos quatro faltas ofensivas e, pelo menos, em duas o árbitro nem sequer estava a olhar para a zona. O F. C. Porto é fortíssimo em esquemas estratégicos e, por isso, nas bolas paradas, se calhar é melhor gritar. É a chamada falta da confusão. O Sporting está preocupado? Nós também estamos preocupados com os gritos".
Francisco Conceição veio à baila e o técnico partilhou uma história. "Moramos na mesma casa, devem saber isso, mas ele não vem comigo para os treinos. Ele não tem carta, e por isso vai de táxi ou tem a boleia do irmão. Trouxe-o uma vez, mas deixei-o lá acima. Ficou com uma azia dos diabos, mas quero entrar no Olival como o treinador do F. C. Porto e não como o pai do Francisco", explicou, garantindo que o jogador está preparado para jogar os 90 minutos, quando assim o técnico entender: "Porque não haveria de estar? Quando achar que deve jogar joga. Ele fez muitos jogos esta época na 2 Liga, que é extremamente competitiva".
Conceição referiu-se ainda às palavras de André Horta, jogador do Braga, que criticou o ritmo baixo da Liga portuguesa, após a eliminação dos arsenalistas na Liga Europa diante da equipa italiana: "Já ando a dizer isso há algum tempo, é preciso mudar a mentalidade. Portugal está na cauda da Europa no que diz respeito ao tempo útil de jogo. Os testes semanais são diferentes daqueles que depois encontramos nas provas europeias, porque os adversários têm uma intensidade enorme".