Portugal vai apresentar uma seleção de 11 tripulações nos Mundiais de vela, de sexta-feira a 20 de agosto, em Haia, focadas em garantir para o país vagas olímpicas em cinco classes, na primeira de três fases de qualificação.
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No evento que junta todas as nações há, contudo, um número reduzido de vagas para Paris 2024, o que torna difícil a missão de todas as nações: em ILCA 6 e 7 há 16 lugares disponíveis, em 470 e em quite são oito vagas, enquanto em 49er serão 10.
A esta primeira fase segue-se o apuramento europeu de cada uma das classes, em separado, bem como a semana olímpica de Hyères, em abril de 2024, que junta as 10 classes que estarão presentes em Paris 2024, com as regatas a decorrer em Marselha. Em ILCA 6 e 7 há a ter em conta uma competição extra, o Mundial de 2024.
Os olímpicos Diogo Costa e Carolina João esperam agarrar um dos oito bilhetes em disputa em 470, nos quais estará em prova igualmente a dupla Beatriz Gago/Rodolfo Pires.
Em ILCA 7, que qualifica para 16 vagas, destaca-se Eduardo Marques, que também tem conseguido resultados internacionais na franja necessária, ao qual se junta Santiago Sampaio e Lourenço Mateus.
A grega Vasileia Karachilou, que compete por Portugal mediante uma autorização especial da World Sailing (Federação Internacional de Vela), podendo representar o país em Paris 2024 desde que receba cidadania portuguesa até março de 2024, foi este ano vice-campeã da Europa, facto que reforça o seu estatuto a ser uma das 16 primeiras.
Em 49er, as parcerias Pedro Costa/João Bolina e Ricardo Alves/Tiago Alves precisarão estar inspiradas para se qualificarem entre os 10 mais fortes.
Em kite, Mafalda Pires de Lima tem conseguido alguns desempenhos promissores, mas também não terá vida fácil para assegurar um dos oito bilhetes para Paris 2024, tal como o seu irmão, Tomás Pires de Lima, e Pedro Afonso.
Portugal apresentar-se-á ainda em vela adaptada, que, atualmente, não faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos, com João Pinto, em Hansa 303, e a dupla Pedro Câncio Reis/Guilherme Ribeiro, em RS Venture.
Na sua história olímpica, a Federação Portuguesa de Vela tem quatro medalhas, nomeadamente a prata da dupla Duarte e Fernando Belo, em Londres 1948, na classe swallow, e dos primos Mário e José Quina (pai e tio do dirigente), em Roma 1960, em star, bem como o bronze de Joaquim Fiúza e Francisco Andrade, em Helsínquia 1952, em Star, e de Hugo Rocha e Nuno Barreto, em Atlanta 1996, em 470.
Portugal teve cinco velejadores em Tóquio 2020, destacando-se a sétima posição, com direito a diploma olímpico, do dueto Jorge Lima/José Costa, em 49er. Os irmãos Diogo e Pedro Costa foram 15.º em 470, enquanto Carolina João foi 34.ª em Laser Radial.