Sporting iguala pior resultado de sempre em Alvalade, perdendo diante do Manchester City por 0-5. Bernardo Silva bisou pelos ingleses.
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Se antes do apito inicial já se sabia que o Sporting teria de estar no seu melhor para rivalizar com o Manchester City, é normal que um leão pálido e perdido, como o que esteve terça-feira em Alvalade, tenha sido goleado por 0-5 pelo todo-poderoso campeão inglês, numa noite para esquecer dos comandados de Rúben Amorim e que, ao mesmo tempo, mostrou porque é que os azuis de Manchester são considerados das melhores equipas do mundo. Não há volta a dar. Só um milagre nunca visto faria o Sporting seguir, pela primeira vez, para os quartos de final da Champions.
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Os primeiros cinco minutos até tiveram um conjunto verde e branco atrevido, com vontade de disputar o jogo, mas a partir daí o filme mudou e o pesadelo começou. Os "cityzens" meteram o pé no acelerador e encontraram, quer por dentro, com o espaço dado entre os blocos médio e o defensivo leoninos, quer por fora, os caminhos para a baliza do Sporting, que no processo defensivo foi sempre muito passivo e pouco coeso, aos quais se juntaram erros individuais que, a este nível, se pagam caros - ou não fosse esta a liga milionária. O Sporting já perdia, assim, 0-4 ao intervalo, resultado pesado, mas fruto das debilidades apresentadas.
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Para isso muito contribuiu Bernardo Silva, que abriu o livro, bisou e o primeiro golo é de encher o olho, mas os artistas brilham mais num processo criado por Guardiola que tem inúmeras variáveis e que é, até certo ponto, praticamente impossível de conter.
Se no processo defensivo as coisas não corriam bem, era preciso reagir no ataque. Mas não foi isso que aconteceu. No plano ofensivo, os leões foram, no mínimo, inofensivos. Ederson não teve de fazer uma única defesa e o Sporting não teve uma oportunidade clara de golo. Se é verdade que, a espaços na primeira parte, chegavam com relativa facilidade ao último terço, as decisões finais foram sempre erradas.
Na segunda parte, a toada manteve-se igual, mas o Manchester City carregou no travão quando fez o quinto golo, aos 57 minutos, num tiro de levantar o estádio, por Sterling.
Perto do fim, Amorim até poupou as principais armas, percebendo que já não havia nada a retirar do jogo. O pesadelo acabou com o único positivo: aplausos longos de apoio das bancadas. Dia 9 de março há novo "round", em Manchester, mas a tarefa do leão é agora impossível.
Análise
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