<p>Não há dúvidas: o F. C. Porto leva a melhor sobre o Benfica no histórico da Supertaça. Só por uma vez perdeu o troféu para o rival, o que aconteceu há 25 anos. Aliás, a Supertaça é a única prova nacional em que os dragões levam vantagem sobre as águias.</p>
Corpo do artigo
O Benfica e o F. C. Porto já disputaram dez Supertaças entre eles, uma prova que agora tem o condão de abrir a época desportiva e de funcionar como grande aperitivo do campeonato. E nesses dez troféus, os dragões venceram nove e apenas perderam um para o eterno rival, o que atesta bem a hegemonia azul e branca na competição à custa de 16 títulos em 25 presenças. A única Supertaça perdida pelos portistas para o rival remonta a 1985, quando um nulo nas Antas foi suficiente para garantir a glória à então equipa orientada por John Mortimore. "Foi um jogo disputado à chuva e o Bento fez uma grande exibição, provando que era um dos melhores guarda-redes da Europa", recorda Álvaro Magalhães, ex-lateral encarnado e actual treinador do Inter de Luanda, que também se lembra da vitória na primeira mão por 1-0.
"Depois disso, o Benfica nunca mais ganhou uma Supertaça ao F. C. Porto, são ciclos que as grandes equipas vivem e estou convencido que esse cenário pode inverter-se no sábado". Aliás, Álvaro Magalhães era adjunto de Trapattoni quando os dois rivais se encontraram pela última vez na prova em 2004. E um golo solitário de Quaresma deu o triunfo aos dragões. "O F. C. Porto sempre foi mais feliz do que o Benfica na prova porque é uma equipa muito competitiva. Tínhamos uma grande força de vencer", recorda Aloísio, que esteve numa das finalíssimas mais escaldantes entre os dois clubes. Em 1992, o F. C. Porto ganhou a Supertaça ao Benfica nos penáltis (3-4) e depois de ter estado a perder por 3-0 no desempate das grandes penalidades. "Tivemos sorte e muita força para dar a volta, porque fomos prejudicados pelo árbitro", diz o actual dirigente do Porto Alegre FC.
Apesar de já terem passado 14 anos, ainda perdura na memória a vitória do F. C. Porto sobre o Benfica, na Luz, por expressivos 0-5, um desafio da Supertaça que transporta uma das maiores humilhações de sempre no reino da águia. "Fizemos um jogo perfeito. Marquei um golo e dei outro a marcar. Jamais esquecerei quando o Eusébio me deu os parabéns assim como a cara de felicidade de Pinto da Costa". As memórias são do ex-avançado Artur que, agora, é candidato à assembleia estadual do Pará.