A tocha olímpica chegou, este domingo, a Moscovo, sendo simbolicamente reacendida pelo presidente Vladimir Putin e preparada para o mais longo percurso da história, que incluiu uma ida ao espaço, antes dos Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014.
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"Hoje é um dia de festa. O símbolo das principais competições desportivas do planeta, da paz e da amizade, chegou à Rússia. Vai percorrer 65 mil quilómetros. Boa viagem rumo aos XXII Jogos Olímpicos de Inverno", disse Putin junto ao Kremlin, antes de atravessar a Praça Vermelha e acender a tocha perante uma série de personalidades, incluindo o príncipe Alberto, de visita à Rússia.
A chama olímpica, acendida a 29 de setembro em Olímpia, na Grécia, vai percorrer cerca de 65 mil quilómetros através de 83 regiões e 130 cidades da Rússia, transportada por mais de 14 mil pessoas no trajeto mais longo da história olímpica.
A 9 de novembro sairá para o espaço pelas mãos dos cosmonautas russos que vão levá-la até à Estação Espacial Internacional.
O objeto, que subirá ainda à montanha mais alta do país (Elbrus, 5.642 metros) e descerá ao lago mais profundo (Baikal, 1.700 metros), viajará 123 dias, principalmente a pé, mas também de carro, comboio, avião e até em trenó puxado por renas, antes da cerimónia de abertura a 7 de fevereiro, em Sochi.
Numa pequena volta em redor do Kremlin, a tocha acabou por se apagar nas mãos do segundo portador, um nadador soviético de origem arménia, Shavarsh Karapetyan: o antigo atleta, agora com 60 anos, pediu ajuda e continuou o percurso, em passos pequenos, até que um elemento da organização resolveu o assunto com um isqueiro.
O incidente foi muito comentado nas redes sociais, mas desvalorizado pelos responsáveis, que o classificaram de "pequeno incidente". "Eu não daria muita importância ao que aconteceu e digo à população para não lhe dar atenção", disse Dmitri Chernychenko, presidente do comité organizador.
Depois do arranque simbólico deste domingo, a viagem da chama começa na segunda-feira rodeada de fortes medidas de segurança nas ruas de Moscovo, onde 12 mil polícias foram mobilizados para garantir a ordem.
Aproveitando a ocasião, a Amnistia Internacional anunciou precisamente para segunda-feira o lançamento de uma campanha mundial destinada a denunciar as violações dos direitos humanos na Rússia.
Os Jogos de Sochi serão os mais caros da história, com custos de 37 mil milhões de euros, cinco vezes mais do que a estimativa inicial.