<p>O Sporting venceu o Lille pela diferença mínima, garantiu o triunfo no grupo e a passagem aos 16 avos-de-final da Liga Europa. No centésimo triunfo europeu, o leão superiorizou-se ao oponente, mas ficou longe da boa imagem concedida frente ao F. C. Porto. </p>
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Paulo Sérgio manteve o desenho do encontro com o líder da Liga. No entanto, introduziu uma nuance motivada pela dúvida sobre o estado físico de Valdés e lançou Yannick. O habitual extremo surgiu nas costas de Postiga e Liedson. Em teoria, o esquema exigiria a mobilidade das três unidades ofensivas com o objectivo de baralhar o núcleo central da defesa francesa.
O leão assumiu claramente a iniciativa e dominou o adversário, demasiado tímido e limitado à filosofia de privilegiar os lançamentos aéreos para De Melo, possante avançado brasileiro. A opção pela ausência de várias unidades titulares no esquema inicial, casos de Rami, Cabaye e Moussa Sow, talvez explique a inibição dos gauleses, mais preocupados com a Liga e o apuramento da Champions no próximo ano.
A ideia francesa gerou ainda assim a primeira oportunidade, anulada por Rui Patrício. Mas, a partir daí, o conjunto visitado geriu a discussão, embora sem a intensidade necessária para criar desequilíbrios evidentes.
Bola na trave
Nessa lógica, não foi por acaso que os lances mais perigosos surgiram na sequência de cantos - Polga enviou uma bola à trave, nos instantes iniciais, e marcou aos 29 minutos, embora numa acção precedida de falta de Postiga. Paralelamente, o clube de Alvalade controlou, mas jogou sem velocidade e extremos, além de exibir um equívoco prático. É que se Paulo Sérgio pedira mobilidade táctica aos avançados, ela não terá existido. Postiga acabou por ficar excessivamente preso à ala esquerda, Liedson na direita e Yannick, na zona central.
Na segunda parte, Paulo Sérgio desfez o esquema com a entrada de Valdés perante um Lille mais atrevido, mas que não conseguiu inverter o panorama.