Clube Atlântico da Madalena faz das tripas coração para ser uma referência no voleibol. Academia é o grande sonho.
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Na Madalena, para além das praias e bares que tornam a freguesia de Vila Nova de Gaia atrativa a toda a gente, existe um emblema que há muitos anos tem vindo a destacar-se na formação do voleibol, tornando-se numa referência da modalidade. O Clube Atlântico da Madalena movimenta mais de 400 atletas e o pavilhão começa a ser pequeno para acolher o talento e vontade de quem quer chegar mais além. O futuro passa, inevitavelmente, pela construção de uma academia. "Este barco tem uma grande tripulação e o espaço começa a ser curto. O objetivo é sermos uma referência a nível nacional", confessa, ao JN, José Longo, diretor do clube.
O crescimento só tem sido possível devido ao esmagador aumento de atletas femininas (70%). Essa é uma das apostas do Atlântico da Madalena, que tem vindo a lançar jovens no escalão mais alto da modalidade. Uma relação de amor e amizade com atletas, extensiva aos familiares, que tem dado frutos e promete um futuro risonho.
Ao contrário de um passado recente, o voleibol tem cativado inúmeras atletas. Atualmente, os números do escalão feminino superam o masculino, o que para Pedro Castro, coordenador do clube, assenta no facto do voleibol "não ser um desporto de grande contacto físico". O clube encara o fator com naturalidade e acompanhou a onda do voleibol feminino, que "explodiu" em Portugal: "É algo que está a crescer bastante, devido à aposta dos grandes. Há potencial para mais", diz, em tom convicto, José Longo.
Sem obrigação
Um dos segredos para a prática desportiva, para além da vocação, é a paixão pelo mesmo e a modalidade em concreto. Essa é, pelo menos, a visão de Pedro Castro. O coordenador refere que é preciso gostar da modalidade e lembrou situações de alguns atletas que apenas frequentavam o clube por obrigação parental, o que não deu bom resultado: "Esses miúdos chegavam tristes e, mais tarde, acabavam por desistir". Esse ponto lançou a conversa para a pressão que os pais, por vezes, exercem sobre os filhos e que "não é benéfica para a evolução da criança". Nesse sentido, o Clube Atlântico da Madalena procura, acima de tudo, que os atletas se sintam em casa quando chegam ao pavilhão. Todos ficam a ganhar.
Bilhete de identidade
Nome: Clube Atlântico da Madalena
Fundação: 18 de maio de 1970
Atletas na formação: 400