Varandas e a saída de Gyokeres em janeiro: "É muito, muito, muito difícil"

Numa entrevista dada, este domingo, ao programa Trio D’Ataque da RTP3, o líder leonino foi questionado sobre quem prefere perder no final de 2024/25: o técnico Ruben Amorim ou o ponta de lança sueco Viktor Gyokeres. 

“Uma das maravilhas de ser adepto e sócio é poder desfrutar do presente. Eu não desfruto o presente, o meu papel como presidente é estar a viver no futuro, estar preparado para, se esta ou aquela peça saírem, quem vai entrar? Ouço essas perguntas sobre a saída do Ruben há mais quatro anos, algo que devia orgulhar todos os sportinguistas e fazer a comunicação social questionar: como é que um dos melhores treinadores do Mundo está há cinco anos no Sporting? Isso é que é fantástico”, respondeu, antes de abordar, diretamente, a possibilidade de Gyokeres ser transferido em janeiro. 

“Eu diria que é muito, muito, muito difícil. Impossíveis não há na vida, agora eu diria que é mesmo muito difícil. Já marcou muitos golos e continua a marcar, mas, respeito, será muito difícil sair em janeiro”, reiterou, sobre um atleta que, recorde-se, tem uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros. 

Com o diretor-desportivo Hugo Viana de saída para o Manchester City no final da temporada, Varandas não esconde que o Sporting vai ficar a perder, mas que o antigo futebolista merece a oportunidade. 

“Ruben Amorim e Hugo Viana foram fundamentais neste crescimento e no retomar do que é o verdadeiro Sporting. O Viana, do ponto de vista pessoal e profissional, merece tudo e vai para para um dos clubes mais poderosos do Mundo, algo que nunca aconteceu a um dirigente português. Isso é mérito dele, mas também é muito mérito da forma o Sporting é visto lá fora”, salientou, antes de ser questionado se o diretor terá mais facilidade em convencer Ruben Amorim a segui-lo para o City. 

“Hoje, temos [os três] uma relação de amizade. É um facto que Ruben Amorim tem contrato com o Sporting em 2026 e é um facto que o Hugo Viana, para o ano, será o diretor desportivo do Manchester City.  Amizades, amizades, clubes à parte. O caminho segue, para mim isso não é um assunto”, garantiu, antes de voltar ao passado e recordar o investimento [10 milhões de euros] feito na contratação de Ruben Amorim ao Braga. 

“Foi um ato 100% racional. Posso dizer, sem qualquer problema, que Leonardo Jardim, Abel Ferreira, Rui Jorge, Quique Setién e Unay Emery, que tinham todos uma excelente relação com o Hugo Viana, agradeceram o convite, mas disseram que não queriam vir para o Sporting. Em 2020, quando desponta o Ruben Amorim, fizemos a decisão mais acertada e, ao contrário dos outros, ele não hesitou. Tenho que reconhecer a coragem de um jovem treinador, que viria, teoricamente, para um cemitério de treinadores”, afirmou Varandas.