“Figura de culto” e bicampeão na Coreia do Sul, o avançado Martin Ádám desvaloriza gozo por alegado excesso de peso.
Corpo do artigo
O aspeto físico de Martin Ádám dá-lhe ar de muita coisa. No perfil que lhe fez antes do início da competição, o “The Guardian” chamou-lhe “viking húngaro” e ainda notou que o avançado, de 29 anos, “parece mais um lenhador do que um jogador de futebol”. A culpa mora nas longas barbas ruivas e numa fisionomia que atenta contra a ortodoxia vigente sobre como deve ser um futebolista, graças ao “corpo atarracado”, que faz o suficiente para realçar um suposto excesso de peso. Na estreia da Hungria no Europeu (derrota com a Suíça, por 2-1), Ádám foi lançado para os últimos minutos e o espanto foi geral.
Apesar de o também inglês “Daily Mail” dar conta de que houve “adeptos que se apaixonaram pelo número 9” da seleção magiar, uma boa parte das reações dedicou-se a apontar-lhe os defeitos, ora com memes que se tornaram virais nas redes sociais ora com palavras nada simpáticas. Ádám mostrou-se pouco afetado. “Claro que me chegaram coisas, alguns (memes) marcaram-me, até porque, normalmente, sou de riso fácil. Mas eu nasci assim, esta é a minha forma corporal. É genético e é algo que não posso mudar”, reagiu o jogador que se mudou para o Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, em 2022, depois de ter sido o melhor marcador do campeonato húngaro com a camisola do Paksi.