O treinador do F. C. Porto, Vítor Bruno, fez a antevisão do duelo deste sábado com o Boavista e manifestou o desejo de virar o ano, pelo menos, uma posição acima do terceiro lugar que ocupa, devido ao Sporting-Benfica de domingo.
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“Dos 12 pontos que tem, o Boavista conquistou nove fora de casa. Olhar para o todo é o segredo do jogo de amanhã e nos últimos quatro encontros só perdeu um em Alvalade, e da forma que foi. Um dérbi é um dérbi, o Boavista tem sempre níveis de intensidade muito altos e nós temos de conseguir fazer o mesmo, mas com cabeça fria para levarmos o jogo para onde queremos. O Bacci [treinador dos axadrezados] tem feito um trabalho muito meritório. É um dérbi que tem de ser ganho”, afirmou o técnico.
“A nossa margem está reduzida, mas a verdade é que só dependemos de nós para chegarmos onde queremos, que é o topo da classificação. Sabemos que há dérbi de Lisboa, mas isso de pouco serve se não ganharmos amanhã. Ter 50 mil adeptos no estádio é muito bom”, acrescentou Vítor Bruno, antes de ser questionado se tem algum desejo para o mercado de transferências de janeiro.
“O meu maior desejo é chegar ao dia 1 de janeiro e estar pelo menos um lugar acima do que estamos agora, porque é sinal que ganhamos ao Boavista”, disse.
Confirmando que Francisco Moura está fora do dérbi “e por mais algum tempo”, bem como Grujic, Vítor Bruno deu pouca importância à mudança de treinador no Sporting – “vai continuar a competir tal como o Benfica” – antes de comentar o facto de apenas o F. C. Porto manter o mesmo técnico desde o início da época.
“É melhor não falar muito alto, porque está bem assim, desde que o F. C. Porto ganhe. Converso muito com a estrutura, é gente com quem dá gosto conversar e isso hoje em dia é uma raridade. Manter o treinador é sinal que as pessoas acreditam, que têm convicções fortes. Quem está de fora tem opinião por causa dos resultados, mas quem está por dentro percebe como está a ser construído. Esperemos que o presidente não mude de treinador por muito tempo”, referiu, não garantindo a titularidade de Rodrigo Mora, apesar de o jovem ter brilhado em Moreira de Cónegos.
“O Mora não se pode esquecer que jogou no lugar do que tinha sido o melhor em campo com o Estrela. O Mora ocupa um espaço, o Danny pode ocupar o mesmo, mas até podem jogar os dois em simultâneo. Não é por fazer um grande jogo que tem de jogar no seguinte”, defendeu.
Questionado sobre os objetivos no mercado de janeiro, o treinador deu uma novidade: "O maior reforço para nós já chegou, que foi a integração do José Mário [enfermeiro da equipa], que passou por um problema complicado. Toda a coragem que ele tem tido nos últimos anos tem de servir de inspiração para nós. É o nosso grande reforço de inverno".