O treinador do F. C. Porto já esqueceu o dramático empate (3-3) com o Manchester United, para a Liga Europa, e está totalmente focado no duelo da oitava jornada do campeonato, defrontando, este domingo, o Braga.
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Depois de ter sofrido o golo da igualdade frente aos red devils já nas compensações, Vítor Bruno reconheceu, este sábado, que permitiu que os jogadores sentissem a frustração por esse resultado mas apenas até ao treino seguinte.
“São dores normais de uma equipa que está a crescer. Após o jogo, no balneário, disse aos jogadores para agonizarem ao máximo durante a noite, mas que os queria de cabeça limpa na manhã seguinte no Olival. Para mim a noite também foi difícil, mas no dia seguinte tinha energia total para o treino. Tem de ser assim, não podemos chorar em cima daquilo que aconteceu. A média de idades da nossa equipa é de 24 anos, incluindo o Marcano. Eu também quero muito ganhar, mas é preciso ver a experiência do meio-campo do United e comparar com a nossa. Não me vou cansar de correr riscos e sei que em alguns momentos algo vai falhar. Margem total para errar desde que o compromisso seja máximo”, resumiu o técnico, colocando uma pedra sobre o duelo da UEFA e concentrando-se na partida com o Braga.
“O tempo de preparação foi é curto, diminuto, mas preparamos o jogo como queríamos preparar. Treinámos sexta e hoje de manhã, sem a intensidade que queríamos, claro, mas estes ciclos curtos obrigam-nos a ter estratégia de análise, por vídeo e filtrar o que é prioritário. Tendo em conta o jogo anterior, procuramos levar o mais possível a treino. Olhar para o jogo de amanhã, que queremos muito ganhar e voltar às vitórias, tendo em conta a Liga Europa”, destacou.
“O Braga cria-nos sempre muitas dificuldades, quer no Dragão quer fora, tem reforçado estatuto a nível nacional e mesmo europeu. É uma equipa difícil de bater, temos de estar a um nível muito alto. Vamos ter de preparar muitas nuances estratégicas e temos de olhar para dentro, para o vício permanente de ganhar e a única forma de gerar sucesso é com o trabalho”, acrescentou Vítor Bruno, antes de prometer aquilo que os adeptos podem esperar para este domingo.
“Um F. C. Porto altamente competitivo e ambicioso, a querer ganhar e atento a tudo o que sejam os momentos no meio-campo adversário. Saber como travar transições do Braga, o que fazer com bola e sempre com uma vontade louca de ganhar”, garantiu, antes de ser questionado sobre o momento de forma de Samu.
O avançado marcou sete golos nos seis jogos ao serviço dos dragões, mas acabou por não ser convocado para a principal seleção espanhola. “O Samu, e já toquei neste tema, tem uma vantagem muito grande em relação ao [Deniz] Gul, que é o idioma, o que ajuda que a integração seja mais fácil. Pela qualidade que tem, um perfil físico raro no nosso campeonato, isso faz com que ele se continue a adaptar à nossa forma de jogar, embora também estejamos a ir de encontro ao seu perfil de atleta. Ele tem feito isso brilhantemente e o meu olhar vai muito para além dos golos", disse.
"Ainda hoje falei com o Gul, porque é difícil de vir de um país diferente e estar aqui sozinho. Ele disse que estava chateado pelo golo falhado frente ao United e eu disse para não se preocupar porque tem um compromisso total com a equipa, tal como os outros avançados. [Sobre Samu não ter sido chamado à seleção] Nem um esgar de dor interna por isso. Vai ter tempo para lá chegar e até se vai cansar de jogar na seleção”, defendeu, no final de uma conferência de imprrensa em que fez questão de dar "os parabéns à direção" do F. C. Porto pela criação do futsal, que se estreou este sábado no Dragão Arena.