Volta a Portugal desenhada para trepadores promete desafiar a lei do mais forte
Prova rainha do ciclismo nacional arranca na Maia e está repleta de montanha até ao final em Lisboa.
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Uma Volta a Portugal especialmente talhada para os trepadores é o que se pode esperar da edição de 2025, que, entre 6 e 17 de agosto, vai atravessar as estradas das regiões norte e o centro do país.
Com seis chegadas em alto, incluindo o regresso histórico ao Montejunto, a prova será mais do que um exercício de regularidade, pois os desafios do relevo estarão, sucessivamente, presentes desde a primeira jornada até ao fim, forçando os que ambicionam a camisola amarela a ter uma exímia forma física.
Ao todo serão percorridos 1581 quilómetros em 11 dias, com um total de nove etapas em linha, com um dia de descanso intermédio, e dois desafios contra o relógio. O primeiro será o prólogo de 3,4 quilómetrosna Maia e o último no final da corrida em Lisboa, com um exercício individual de 16,7 quilómetros, que pode decidir tudo.
Pelo meio, o pelotão passará por terrenos duros, sobretudo no Alto Minho, Trás-os-Montes e região Centro, numa edição que adia o regresso às regiões do Algarve e Alentejo.
Os pontos de emoção vão suceder-se, começando logo na primeira chegada em alto, na etapa inicial, no Sameiro (Braga), após duas subidas ao santuário minhoto. Seguem-se chegadas técnicas em Fafe e Bragança, antes da primeira grande etapa de montanha, com a escalada à Senhora da Graça na quarta tirada. Depois do descanso em Viseu, a segunda metade da corrida guarda dois momentos-chave, com a chegada à Guarda e, sobretudo, a subida à Torre (7.ª etapa), o ponto mais alto de Portugal continental, com 20 quilómetros em plano inclinado desde a Covilhã.
A penúltima etapa levará o pelotão até Montejunto, 42 anos depois da última visita da Volta. A curta mas exigente subida no Cadaval promete ser decisiva. No dia seguinte, os candidatos terão ainda de dar tudo no contrarrelógio em Lisboa, com partida e chegada na Praça do Império.
A defender o título de 2024 estará o russo Artem Nych, da Anicolor-Tien21, que vai ostentar dorsal número 1 num pelotão com 16 equipas, oito nacionais e oito estrangeiras. A espanhola Caja Rural será a única da categoria ProTeam, pois as habituais Euskaltel-Euskadi, Burgos-BH e Kern Pharma estarão ausentes este ano.