Fernando Santos não diz, para já, adeus à seleção. "Vamos conversar e ver o que é melhor"
O selecionador nacional admitiu, este sábado, que Portugal teve muitas dificuldades na primeira parte do jogo com Marrocos e falou sobre o futuro no comando da equipa das quinas, com quem tem contrato até 2024.
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"Na primeira parte os jogadores sentiram muita dificuldade, demorámos a entrar no jogo. Os jogadores queriam, mas não conseguiam. Mas houve sempre muita vontade, confiantes, mas não conseguiram explanar, tivemos algumas situações, mas não conseguimos. Mas os jogadores trabalharam muito", afirmou Fernando Santos, após a derrota frente a Marrocos, que afasta a Seleção Nacional do Mundial do Catar.
Já em conferência de imprensa, o selecionador nacional, questionado sobre o futuro, garantiu que vai conversar com Fernando Gomes. "Depois de qualquer competição, eu e o presidente falamos, abordamos o assunto e pensamos no que vamos fazer. Quando regressarmos a Portugal, com serenidade e tempo, iremos conversar sobre o assunto e ver a análise que faremos. Isso de apresentar a demissão nem se coloca. Já disse que eu e o presidente falamos sempre disto. Estou aqui desde 2014, sempre falamos do assunto. Não fomos tão longe quanto queríamos, a equipa tem muita qualidade e podíamos ter feito melhor. Os jogadores fizeram de tudo, trabalharam e lutaram muito, mas há jogos em que falta uma pontinha de sorte e hoje foi o caso", vincou, destacando que o balneário está "destroçado".
"Tínhamos a convicção, pelo trabalho e qualidade, que podíamos dar uma alegria, chegar à final e vencer. Eu e todo o balneário e a estrutura estamos frustrados e desolados por não o ter conseguido. A primeira parte, conhecíamos o adversário, sabíamos as dificuldades. Tínhamos visto no jogo com a Espanha que jogam com variantes parecidas com o nosso jogo. Sabíamos desmontar, era preciso meter criatividade, criar um para um, tirar adversários e envolver dentro e fora para criar situações de golo. Em algumas fases circulámos demasiado atrás. Faltou essa imaginação, criar, a circulação. Não fizemos o que podíamos ter feito e os jogadores podiam fazer. Mas mesmo assim tivemos situações. Não era justo sair para o intervalo a perder. Criámos algumas situações, mas não conseguimos concretizar. Estamos desolados. Podíamos chegar à final e vencer", concluiu.