Relatório e Contas revela um resultado positivo, apesar dos efeitos da pandemia. Fernando Gomes considera-o "o melhor de sempre em temos absolutos"
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A SAD do F. C. Porto apresentou, esta terça-feira, as contas relativas ao exercício de 2020/21, que teve um resultado líquido positivo de 33,4 milhões de euros, o que representa uma acentuada recuperação em relação ao exercício anterior, no qual foi registado um prejuízo de 115,9 milhões.
Segundo o administrador financeiro, Fernando Gomes, o bom resultado deveu-se à "conjugação de dois fatores": a boa carreira na Liga dos Campeões da época passada, na qual o F. C. Porto chegou aos quartos de final, o que lhe valeu uma receita de 73,7 milhões de euros; e as mais-valias conseguidas em transações de passes, que atingiram os 74,7 milhões. Gomes considera mesmo este resultado "o melhor de sempre, em termos absolutos".
Fernando Gomes anunciou ainda que "as contas agora apresentadas serão enviadas à UEFA, como prova final do cumprimento das obrigações do Fair Play Financeiro" e que "o F. C. Porto espera para novembro uma declaração formal" do organismo que tutela o futebol europeu a dizer que o clube azul e branco "saiu do programa".
Voltando às contas, a SAD portista revelou que, em 2020/21, teve proveitos operacionais de 153,6 milhões de euros, mas também um aumento dos custos para um total de 141,8 milhões, motivado pelos quase 10 milhões pagos ao plantel em prémios relativos ao título nacional conquistado na época anterior.
O ativo da SAD subiu para 407 milhões de euros, mas o passivo também cresceu, para 526 milhões, o que significa que a sociedade mantém capitais próprios negativos, que agora são de 118 milhões de euros. Fernando Gomes disse que esta situação, que em qualquer empresa levaria a acionar todos os alarmes, não é preocupante para a SAD porque o valor do plantel está "muito subvalorizado".