Criptomoedas

CMVM alerta que empresa do youtuber Windoh não está autorizada em Portugal

César Castro

Site da Blvck network|

 foto DR

Instagram da "Blvck network"|

 foto DR

O youtuber Windoh|

 foto Facebook

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) lançou esta sexta-feira um alerta aos investidores sobre a empresa "Blvck Network", do youtuber Diogo Figueiras, mais conhecido por Windoh, avisando que esta entidade não está registada nem autorizada a desenvolver quaisquer atividades de intermediação financeira em Portugal.

Em comunicado publicado no site oficial, a CMVM adverte também "que a referida entidade não se encontra legalmente habilitada para realizar publicidade ou prospeção de clientes dirigidas à celebração de contratos de intermediação financeira."

O regulador aconselha, por isso, os investidores a "consultar a lista de intermediários financeiros autorizados" ou a lista de entidades habilitadas a prestar serviços financeiros em Portugal em regime de Livre Prestação de Serviços, bem como a "lista de analistas financeiros independentes", na sua página da Internet.

"Todas as pessoas e entidades que tiverem estabelecido qualquer relação comercial com a entidade acima identificada poderão contactar a CMVM através dos contactos gerais, por contacto telefónico 213177000 ou por e-mail para cmvm@cmvm.pt ou, ainda, através do Apoio ao Investidor, por contacto telefónico 800 205 339 (linha verde), ou por e-mail para cmvm@cmvm.pt", refere ainda o regulador.

O youtuber, um dos mais famosos do país, tem estado envolvido em grande polémica depois de o "hacker" RedLive13, alcunha pela qual é conhecido no YouTube, ter denunciado um curso sobre criptomoedas a 400 euros e que alegava ser "copypaste da Wikipedia". Apesar de reconhecer que exagerou no preço, Windoh rejeitou sempre as acusações de burla, que classificou de "rumores" e "blasfémias".

O caso não se ficou por aqui. No seguimento, o Ministério Público confirmou a abertura de um inquérito na sequência de uma queixa relativa a alegados esquemas praticados pelos influenciadores digitais ligados às criptomoedas, às apostas desportivas e aos mercados financeiros.

Questionada pelo Jornal de Notícias (JN), na altura, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não especificou, no entanto, se a participação em causa seria relativa a vários nomes ou especificamente contra o youtuber Windoh ou Numeiro, que no domingo decidiu terminar o negócio das apostas desportivas, através do qual, alegadamente, vendia prognósticos de futebol a troco de centenas de euros.

Windoh é, tal como Numeiro ou David GYT, entre outros youtubers, visado na petição pública que pede às autoridades uma investigação a "esquemas ou pseudo-negócios" praticados pelos influenciadores digitais.

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