A Avenida dos Aliados, no Porto, foi um dos 40 locais do país escolhidas pela CGTP para assinalar, esta segunda-feira, o Dia do Trabalhador. Mas, ao contrário do que aconteceu em anos recentes, nem metade da avenida da cidade encheu para participar no habitual comício.
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Um 1º de maio morno. Os sindicatos mobilizaram-se com faixas, bandeiras e cartazes, mas os populares nem por isso. E apesar de se ouvir que "maio está na rua", o ambiente foi, durante o desfile pela baixa do Porto, mais de festa do que de protesto.
O discurso também foi diferente do que se ouviu nos últimos anos. Reivindicou-se a "valorização do trabalho e dos trabalhadores", pediu-se ao Governo do PS "para ir mais longe", para "continuar a quebrar com o passado", para ajudar o milhão de trabalhadores precários, mas essencialmente reclamou-se o contributo dos sindicatos nos direitos reconquistados durante o Executivo socialista: "as 35 horas semanais", "a devolução dos quatro feriados roubados", "a reposição dos salários e pensões".
Na jornada de luta da CGTP, as faixas usadas foram mais dedicadas ao setor privado do que ao público. Como a que exigia à empresa de construção civil Soares da Costa "o pagamentos dos salários em atraso em Portugal, Angola e Moçambique", recusando o despedimento coletivo. Ou a que atacava a Galp: "A GALPada continua com roubo de direitos". No setor do Estado, lia-se em algumas faixas pedidos de "Reforma por inteiro sem penalização" ou alunos "em luta pela ciência".