O secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, considerou uma "injustiça" a pressão dos mercados financeiros sobre Portugal e pediu um forte consenso político para consolidar as finanças públicas.<br />
Corpo do artigo
"Esta situação é injusta de vários pontos de vista. Especialmente porque Portugal lançou reformas estruturais de primeiro plano, tanto antes, como durante a crise", afirmou o secretário-geral da OCDE.
Angel Gurría apontou que é preciso "um forte consenso político", que o país já "demonstrou no passado que consegue alcançar" para atingir a consolidação das contas públicas, que o secretário-geral da OCDE considera ser o ponto essencial para devolver a confiança aos investidores.
"O desafio mais imediato é o fomento da confiança dos investidores" afirmou, explicando que a falta desta prejudica não só a consolidação orçamental através de 'spreads' mais elevados na dívida pública portuguesa, mas esta pode prejudicar também a actividade económica e a retoma.
Angel Gurría, no entanto, afirmou estar "confiante que Portugal vai conseguir ultrapassar esta situação".