A administração da Autoeuropa vai manter para já os postos de trabalho dos 250 trabalhadores contratados e decidiu marcar dez dias de não produção (lay-off) entre Setembro e Dezembro.
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"As previsões actuais de encomendas até ao final de 2009 não obrigam para já à administração da Volkswagen Autoeuropa a recorrer à dispensa de colaboradores temporários", salienta a empresa num comunicado distribuído após a reunião com a comissão de trabalhadores, que decorreu ao início da tarde.
Quanto ao lay-off, a administração frisou que "irá envolver a Comissão dos Trabalhadores para a sua implementação" e, segundo uma carta do director-geral, Andreas Hinrichs, aos trabalhadores, trata-se de uma "medida que se aplica a todos os colaboradores da empresa e que terá uma implicação directa na sua remuneração".
Outra medida para "garantir a competitividade" da fábrica de Palmela é a redução do volume diário de produção no conjunto dos modelos Eos e Scirocco para 300 carros por dia a partir de Setembro, avança também a administração do fabricante automóvel, que sublinha ter procurado o "menor impacto possível na sua estrutura de Recursos Humanos".
A administração da Autoeuropa adiantou que vai continuar a monitorizar as oscilações do mercado, de forma a garantir a produção nas melhores condições de qualidade e produtividade.
Na carta, Andreas Hinrichs lamenta a rejeição pelos trabalhadores do pré-acordo laboral que visava "contornar a quebra de volume de produção na Volkswagen Autoeuropa".
"A proposta permitiria justificar os custos da utilização de downdays pagos, além dos 22 dias acordados, e também os custos associados à manutenção dos postos de trabalho, num cenário de baixo volume", lembrou o director-geral do fabricante automóvel.
Contudo, acrescentou, "todas estas medidas poderão ser alteradas em função de oscilações nos volumes de produção".
"Estamos convictos de que saberemos juntos enfrentar mais uma crise dentro da nossa empresa e que a conjuntura actual não representa uma ameaça mas sim um desafio. A empresa não tem condições para alterar os termos do pré-acordo e mantém-nos, pois considera ser esta a melhor forma de fazer face a variações pontuais no volume de produção, e ao lançamento de novos projectos", concluiu.