Administração da Autoeuropa vai comunicar "muito em breve" as medidas a tomar após a rejeição do pré-acordo laboral pelos trabalhadores, mas sublinhou que continuará a esforçar-se por oferecer as "melhores condições possíveis".
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"A administração da Volkswagen Autoeuropa continuará a esforçar-se por oferecer aos seus colaboradores as melhores condições possíveis no quadro altamente competitivo que hoje caracteriza a disputa pela produção de novos modelos entre todas as fábricas do grupo, assegurando o futuro da empresa", refere a Autoeuropa em comunicado.
Os trabalhadores rejeitaram quarta-feira um pré-acordo laboral que previa uma redução do pagamento do trabalho extraordinário em seis sábados por ano, desde que os trabalhadores já tivessem usufruído de mais do que os 22 'downdays' (dias sem produção) anuais.
Neste caso, em vez de receberem os sábados a 200 por cento, com um acréscimo de mais 25 por cento, como estava previsto no acordo de empresa, os trabalhadores passariam a receber seis sábados por ano como trabalho normal e a acumular seis horas positivas no saldo de tempo.
A aprovação do pré-acordo laboral teria garantido, desde logo, a manutenção do trabalho em dois turnos e de 250 postos de trabalho de 250 contratados, não se sabendo ainda qual será a posição da administração face à rejeição do pré-acordo laboral.
O comunicado da Autoeuropa lembra que no universo de 3.040 colaboradores inscritos votaram 2.668 com o seguinte resultado, tendo ganho o 'Não' com 1.381 (51,76 por cento), em detrimento do 'Sim' que alcançou os 1.252 (46,93 por cento). Houve 28 votos em branco (1,05 por cento) e sete nulos (0,26 por cento).
A Autoeuropa de Palmela é o maior investimento estrangeiro já realizado em Portugal, superando a Quimonda, e trata-se de um dos maiores exportadores nacionais.