São agora 33.630 agências, menos 44% face a 2012. Número de trabalhadores cai 20%. Sindicato atento a fusões.
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No final de 2022, a banca contava com 33.630 balcões, sendo preciso recuar a 1993 para encontrar um valor mais baixo. Numa leitura aos últimos dez anos, o número de agências caiu quase para metade, com particular impacto, em termos absolutos, em Lisboa e no Porto. E, entre 2012 e 2022, o número de trabalhadores manteve tendência descendente, apesar de oscilações pontuais, correspondendo, agora, a um universo de 43.915 bancários (uma quebra de 20%, menos 10.755 do que em 2012). Depois da sangria dos últimos anos, os sindicatos admitem uma tendência para a estabilização, mas com movimentos que podem vir a ser desencadeados, ainda, por fusões no setor e pela digitalização.
Digitalização, essa, que está no topo das explicações para os dados apurados. Em resposta por escrito ao JN, a Associação Portuguesa de Bancos diz que “a atividade bancária tem passado por desafios estruturais (transformação digital, novas necessidades dos clientes, novos requisitos regulatórios, etc.), que levaram as instituições financeiras a implementar processos profundos de reestruturação, com o objetivo de aumentar a eficiência operacional e a competitividade”. Num processo europeu, “não exclusivo de Portugal”. Sendo que, diz a associação, o setor “tem vindo a requalificar os seus trabalhadores e a contratar novos talentos”.