O banco espanhol Santander teve lucros de 4606 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2016, uma redução de 22,5% face ao mesmo período de 2015
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"Os nossos resultados nos primeiros nove meses de 2016 são bons, com mais um milhão de clientes vinculados que confiam em nós. Além disso, mantemo-nos entre os bancos líderes da rentabilidade", realçou, esta quarta-feira, a presidente do grupo Santander, Ana Botín.
Segundo um relatório enviado esta manhã à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o banco sublinha que, se forem excluídos os "resultados não recorrentes e o efeito das taxas de câmbio", o benefício ordinário cresce 8%, até 4.975 milhões de euros.
No terceiro trimestre de 2016, o banco obteve um lucro de 1.695 milhões de euros, um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado e excluindo o impacto da depreciação das divisas face ao euro, o benefício atribuído aumentou 7%, segundo o Santander.
As receitas em "comissões" cresceram 8% em relação aos primeiros nove meses do ano anterior, até 7.543 milhões euros.
De acordo com o mesmo relatório, os custos de exploração aumentaram 4,1%, até 15,634 milhões de euros, explicado principalmente pelo impacto da inflação em alguns mercados.
O lucro diminuiu por causa de "operações extraordinárias" no segundo trimestre, entre elas estão os custos de reestruturação (-475 milhões de euros), as mais valias pela venda de VISA Europe (+227) e uma alteração do calendário de entrada no Fundo de Resolução Europeu (-120).
No segundo trimestre, os resultados tiveram uma entrada extraordinária de 835 milhões de euros, devido à reversão das provisões do Brasil.
O capital CET1 (fully loaded) aumentou, segundo o Santander, 11 pontos básicos no terceiro trimestre e 0,42 pontos nos primeiros nove meses, alcançando os 10,47%, com o objetivo de alcançar 11 % em 2018.
O banco realça que 56 % dos resultados do grupo vêm da Europa (Reino Unido, 19%; Espanha,14%; Santander Consumer Finance, 13%) e 44 % das Américas (Brasil, 20%; México, 7%).
"Esperamos terminar 2016 com o benefício a crescer em relação a 2015, o que nos permitirá aumentar o dividendo por ação e o benefício por ação", concluiu Ana Botin.
No que respeita à sua operação em Portugal, a margem bruta foi de 917 milhões de euros (+31,5 %); os custos de exploração de 445 milhões (+20,6%); as dotações para insolvências de 44 milhões (-33,8 %); o benefício atribuído antes do Fundo de Resolução Europeu de 302 milhões (+67%); e o beneficio atribuído (lucro) de 293 milhões (+62,3%).
O banco sublinha que o grupo registou em Portugal um aumento dos benefícios, devido a um aumento das receitas, menores custos e forte redução das dotações, aos quais se deve acrescentar os resultados da venda de carteiras e a integração do Banif.