O Banco Central Europeu indicou que a inflação segue abaixo do esperado e que o conselho de governadores recomenda que a política monetária seja revista e possivelmente reconsiderada em março.
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Uma inflação mais baixa do que o esperado, com uma queda das expectativas de inflação levaram a um aumento do risco de efeitos que podem afetar os salários, segundo as atas da reunião de política monetária de 21 de janeiro publicadas esta quinta-feira.
Por esse motivo, os membros do conselho de governadores consideraram que "é preferível atuar preventivamente" em vez de esperar que os riscos se materializem.
O BCE tem como objetivo uma inflação ligeiramente abaixo de 2%, mas atualmente os preços na zona euro têm subido a uma média de 0,4%.
A instituição liderada por Mario Draghi recorda que no início de março vai dispor de novas projeções macroeconómicas de crescimento e inflação. "É ainda necessário reafirmar que as taxas de juro permanecerão no nível atual ou mais baixo durante um período mais prolongado", refere o texto.
A taxa de juro diretora, que o BCE utiliza nas principais operações de refinanciamento na zona euro, está no mínimo histórico de 0,05%.
A taxa de depósitos está em -0,30% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez está em 0,30%.
Os membros do conselho de governadores indicaram também que consideram apropriadas as medidas adotadas no início de dezembro passado, quando o BCE prolongou até finais de março de 2017 o seu programa de compra mensal de ativos no valor de 60 mil milhões de euros.
O banco central também apontou um aumento da "incerteza quanto às perspetivas de crescimento nas economias emergentes, a volatilidade nos mercados financeiros e matérias-primas e os riscos geopolíticos".