O grupo petrolífero BP anunciou uma perda ajustada de 16,9 mil milhões de dólares no segundo trimestre, a maior quebra trimestral da história da empresa britânica, embora registe um bom resultado em termos de exploração petrolífera.
Esta perda histórica (quase 13 mil milhões de euros) deve-se sobretudo às provisões constituídas para fazer face ao custo da maré negra no golfo do México, provocada pela explosão da plataforma Deepwater Horizon.
A empresa anunciou também que o seu presidente executivo, Tony Hayard, muito criticado pela gestão da maré negra no Golfo do México, vai ser substituído, em Outubro, pelo norte-americano Bob Dudley.
Com 54 anos, Bob Dudley vai ficar sedeado em Londres, enquanto Tony Hayard se manterá na administração até 30 de Novembro.
O grupo petrolífero afectou 32,192 mil milhões de dólares a esta catástrofe, o que compreende, nomeadamente, os 20 mil milhões de dólares prometidos às autoridades norte-americanas para assegurar o conjunto das compensações que serão atribuídas e os custos de limpeza e de indemnizações até à data, cerca de 2,9 mil milhões de dólares.
A perda, quando comparada com estes encargos, está limitada por um bom resultado do grupo em termos de exploração petrolífera, no segundo trimestre, e por um efeito fiscal favorável à altura de 7,188 mil milhões de dólares.
A BP anunciou ainda a intenção de vender, por 30 mil milhões de dólares, activos no decurso dos próximos 18 meses, nomeadamente de bens ligados à exploração petrolífera.
Nos últimos meses, as acções da BP têm perdido valor devido ao derrame e, em Junho, os títulos da empresa chegaram a atingir o nível mais baixo desde Agosto de 1996.
Segundo a empresa, cerca de 46 mil pessoas e 6400 barcos participaram nos trabalhos de limpeza após o afundamento da plataforma.
