O Banco BPI registou um resultado líquido de 30,9 milhões de euros entre janeiro e março, um valor que compara com o prejuízo de 104,8 milhões de euros no primeiro trimestre de 2014.
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"O lucro líquido consolidado no primeiro trimestre de 2015 decorre de um contributo da atividade doméstica negativo em 2,0 milhões de euros e de um contributo positivo da atividade internacional de 32,8 milhões de euros", destacou em comunicado o banco liderado por Fernando Ulrich.
A instituição sublinhou que "no trimestre homólogo de 2014, o resultado líquido negativo de 104,8 milhões de euros fora muito penalizado por custos e perdas não recorrentes de 123,3 milhões de euros registados na atividade doméstica".
Em causa estão as menos-valias 101,6 milhões de euros realizadas com a venda de dívida pública de médio e longo prazo de Portugal e Itália, custos de 14 milhões de euros com juros das obrigações subordinadas de conversão contingente e outros custos extraordinários negativos de 7,7 milhões de euros.
A margem financeira progrediu quase 38% para 154,2 milhões de euros, com as comissões e outros proveitos a subirem 3,1% para 73,9 milhões de euros.
Nota para o resultado apurado na rubrica de ganhos e perdas em operações financeiras, que ascendeu a 47,6 milhões de euros, quando no trimestre homólogo do ano passado tinha sido negativo em 91,7 milhões de euros.
Assim, o produto bancário ascendeu a 280,2 milhões de euros, quase o triplo face aos 94,8 milhões de euros apurados no primeiro trimestre de 2014.
Ao nível dos custos, houve um aumento de 5,6% para 165,5 milhões de euros, tendo o resultado operacional passado de 62 milhões de euros negativos para 114,7 milhões de euros positivos.
As provisões e imparidades para crédito recuaram de 45,3 milhões de euros para 36,6 milhões de euros, com o resultado antes de impostos a passar de 106,4 milhões de euros negativos para 74,2 milhões de euros positivos.
O BPI fechou o trimestre com um rácio 'common equity tier 1' de 10,5% (segundo as regras para 2014) e de 9,1% (face à implementação total das novas regras europeias).
Os depósitos ascendiam a 18,8 mil milhões de euros, menos 0,5% do que no período homólogo de 2014. Já o crédito a clientes era de 23,1 mil milhões de euros, pelo que, no final de março, o rácio de transformação de depósitos em crédito era de 83%.