O CDS-PP sustentou, esta quarta-feira, ter "fundadas razões" para considerar que as previsões nacionais sobre o crescimento e o défice são "mais precisas" do que as das instâncias internacionais e sublinhou que cabe ao executivo tomar as próprias decisões.
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"O facto de já não estarmos sob assistência tem consequências significa que o governo e o país é plenamente soberano para tomar decisões", sublinhou Cecília Meireles, em declarações aos jornalistas, no parlamento.
Quanto às "divergências de opinião" sobre as previsões para o crescimento e o défice para o próximo ano, a deputada considerou que as do Governo "são mais precisas".
"Há divergências de opinião que são assumidas, e em relação às previsões de crescimento e para o défice, nós temos fundadas razões para achar que aquelas que o Governo faz são mais precisas do que aquelas que as instituições internacionais fazem", disse.
Segundo Cecília Meireles, a partir do momento em que Portugal cumpriu o programa de ajustamento financeiro, isso significa que "recuperou a soberania para tomar as próprias decisões".
Quanto à crítica feita pelo FMI ao aumento do Salário Mínimo Nacional, a deputada do CDS-PP frisou que a decisão foi tomada depois de Portugal ter saído do programa de ajustamento e considerou que a medida é responsável e moderada.
"O FMI não concorda, nós respeitamos mas pensamos de maneira diferente", disse.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) criticou o aumento do salário mínimo, considerando que a medida "foi prematura" e previu que a economia portuguesa cresça apenas 1,2% em 2015, 0,3 pontos percentuais abaixo do estimado pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.
Nas previsões divulgadas terça-feira, a Comissão Europeia aponta para que o défice atinja os 3,3% do PIB, mais 0,6 pontos percentuais que o estimado pelo Governo.