O CDS-PP considera que os dados sobre a conjuntura nacional não são "propriamente uma novidade" e que apenas o primeiro-ministro terá ficado surpreendido, uma vez que "teimou" que não haveria recessão em Portugal.
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A Comissão Europeia prevê que Portugal sofra uma recessão de 2,2% este ano e de 1,8% em 2012, segundo as Previsões de Primavera. Bruxelas antecipa ainda um aumento do desemprego para os 12,3% este ano e 13 % em 2012.
"Porventura, só o senhor primeiro-ministro é que terá ficado surpreendido uma vez que ainda há escassos meses teimava que não haveria recessão em Portugal", afirmou a deputada centrista Assunção Cristas, em declarações à Agência Lusa.
A deputada sublinhou que no acordo estabelecido com a 'troika' sobre a ajuda externa "está assumido claramente" que haverá recessão em 2011 e 2012 e que por isso os dados hoje divulgados não são "propriamente uma "novidade".
Quanto à previsão de aumento do desemprego para 13% já em 2012, e não em 2013 como apontado pelo ministro das Finanças na conferência de apresentação do acordo com a 'troika', a deputada diz que já é habitual que as previsões do Governo fiquem "aquém do que vem a ser a realidade".
Para Assunção Cristas, os dados são um "grande desafio" para os portugueses nas eleições legislativas de 5 de Junho, que "podem fazer um virar de página", mas também para o futuro Governo, na escolha de estratégicas de crescimento económico.
"O grande desafio de consolidar contas públicas, mas ao mesmo tempo de criar janelas de oportunidade para o crescimento económico, apostando em sectores estratégicos para Portugal", defendeu.