O fórum de ministros das Finanças da zona euro elegeu à segunda volta, esta segunda-feira à tarde, em Bruxelas, Mário Centeno como presidente do Eurogrupo.
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"É uma honra (ser o novo presidente) devido à relevância deste grupo, à qualidade dos meus colegas e à importância do trabalho que temos de fazer nos próximos anos", declarou Centeno, na primeira declaração enquanto presidente eleito do Eurogrupo, sublinhando que esse trabalho "tem de ser feito por todos" e que se enfrentam agora "desafios diferentes dos que se colocavam até recentemente".
"Serei apenas presidente do Eurogrupo, já que a função principal caberá a todos os estados-membros", afirmou em conferência de imprensa, no fim da votação, acrescentando que "a via dos consensos é a única forma de avançar".
Antes de passar a palavra ao ainda presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem, que felicitou o sucessor, Centeno disse haver "uma janela de tempo muito curta para preparar as economias e as sociedades" e confessou estar com "grandes expectativas" para o cargo.
Os 19 membros da zona euro escolheram, esta tarde, o novo presidente do Eurogrupo, que sucede a Dijsselbloem, tendo quatro ministros apresentado, na semana passada, as suas candidaturas: o português Mário Centeno, o luxemburguês Pierre Gramegna, o eslovaco Peter Kazimir e a letã Dana Reizniece-Ozola.
Nenhum dos quatro candidatos conseguiu alcançar uma maioria simples (10 votos entre os 19 ministros das Finanças), na primeira volta, tendo a eleição seguido para a segunda volta, já sem a ministra letã e o ministro eslovaco, que desistiram da corrida.
Mário Centeno, que conseguiu oito votos na primeira volta, venceu Gramegna na votação final e assume funções a 13 de janeiro, iniciando um mandato de dois anos e meio.
O ministro português vai liderar também o Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), que é presidido pelo presidente do Eurogrupo.